Jornalista durante vinte anos, dediquei a maior parte deles ao sedutor universo da beleza.
No fundo, sempre soube que ia fazer da escrita profissão. Como era neta de escritor, todas as professoras viam em mim um dom para brincar com palavras – ainda hoje me pergunto se estavam a ser sinceras ou se só queriam que convidasse o meu avô para palestras na escola… Quaisquer que fossem as suas intenções, cumpri-as a todas! O que elas não sabiam é que ia conseguir aliar a escrita à beleza, uma paixão que só a minha mãe conhecia – litros de champôs caríssimos despejados para observar texturas e sentir aromas, quilos de maquilhagem destruída para aprimorar técnicas e muitos perfumes de topo gastos no meu mini pescoço de criança. Até tirei um curso de maquilhagem profissional antes de me dedicar às Ciências da Comunicação, mais concretamente à área do jornalismo de investigação, mas a minha personalidade curiosa ganhou. Investigar a fundo o lado da beleza que não se vê, os bastidores e as pessoas que a fazem é dos maiores prazeres que a vida me pode dar e que alimento diariamente. Poder fazê-lo, agora, numa plataforma como a Miranda, que vive e respira beleza, dá-me a oportunidade de continuar a ‘esgaravatar’ o que ninguém sabe (ainda!) e dar a conhecer os vultos que tornam a área cosmética tão atraente.
Quando pensamos na ciência envolvida no universo cosmético, vêm-nos automaticamente à cabeça fórmulas complicadas e termos técnicos distantes da nossa realidade. Mas, em conversa com Violante Medeiros, Head of Science da marca Bam and Boo, depressa nos apercebemos de que a ciência pode ser tão envol