As doenças do aparelho circulatório continuam a ser a principal causa de morte em Portugal, com uma taxa de 324,9 por 100.000 habitantes (valores de 2019), acima dos 315,9 que aconteciam em 1960, segundo dados da Pordata. Ou seja, o sal é mesmo prejudicial e devemos limitar o seu consumo de forma a reduzir riscos de saúde cardiovascular.

A OMS recomenda como ingestão máxima de sal os 5 gramas por dia, mas em Portugal a média de consumo é de cerca do dobro, segundo os recentes estudos de inquérito alimentar. Há assim que tomar medidas para gerir esta questão e reduzir de forma significativa o risco de saúde associado.

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O sal é muitas vezes chamado pelos nutricionistas como o inimigo invisível da nossa alimentação. E o mesmo é válido para outros tipos de sal da moda, como o sal dos himalaias, o sal marinho, o sal refinado e todos os outros compostos que apresentem sódio na sua composição, que associados ao cloro vão formar esta molécula potencialmente perigosa e que devemos moderar.

As opções para gerir e evitar o seu consumo são várias, mas todas começam numa alteração de alguns padrões e hábitos. Alguns tão simples como reforçar o consumo de ervas aromáticas, temperar com um fio de azeite, limão ou até vinagre de cidra, ou mesmo do reforço nas especiarias mais apuradas, como açafrão ou outras de paladar mais vincado.

A imaginação deverá ser farta e abundante e muito variada, para que esta alteração resulte para toda a familia. Procure que esta troca seja gradual e reduza desta forma a utilização de sal. Não corte de um dia para o outro, para que os novos paladares possam ser sedimentados e continuamente reforçados, tornando-se desta forma hábitos duradouros e consistentes.

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A par desta mudança, procure também reforçar o exercício ligeiro mas diário, como uma pequena caminhada. Este estimulo vai ajudar e muito a reactivar a sua saúde cardiovascular, reforçar o seu bem-estar e alimentar esta sua nova forma de vida, mais saudável. Aos poucos, os novos paladares vão também incentivar a uma alimentação mais equilibrada, que deve combinar com o seu nutricionista para atingir máximos benefícios de saúde e longevidade.

De forma resumida:

O sal é mesmo prejudicial, mesmo que em pouca quantidade!
Quando ouvimos dizer que “é bom para mim porque tenho as tensões muito baixas”, recorde a essa pessoa que pontualmente poderá, sem dúvida, ajudá-la, mas que o risco desta atitude é que se torne recorrente e leve a riscos de saúde acrescidos a médio prazo. Há formas igualmente eficazes e saudáveis para aumentar pontualmente a tensão sem o recurso ao sal, como os alimentos mais picantes, o café e a prática de exercício mais vigoroso.

As necessidades diárias estão cobertas através do sal naturalmente presente nos alimentos de uma alimentação diversificada e saudável.
Ou seja, não necessitamos de adicionar sal aos alimentos e sabemos também que os alimentos mais processados apresentam em grande maioria doses de sal extra, para ajudar na sua conservação, agravando assim a sua qualidade nutricional.

O sal dos himalais também tem sódio e, como tal, não deve ser recomendado como uma boa troca pelo sal tradicional.
Como já vimos, por ter sódio irá prejudicar igualmente a médio prazo a nossa saúde cardiovascular. A melhor estratégia será reforçar especiarias e ervas aromáticas, ajustando paladares e a necessidade do uso de sal. Não devemos trocar um mau por outro menos mau. Devemos, sim, trocar um mau por opções boas!

Pedro Queiroz é o fundador das Clínicas de Nutrição do Porto e Lisboa e consultor de Nutrição. Mais do que ajudar pessoas a emagrecer, do que realmente gosta é de mudar as suas vidas.

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