Não é por acaso que muitos a consideram a rainha da soul. Aretha Franklin tinha uma voz poderosa, capaz de alcançar mundos e combater causas. Tornou-se um ícone da música e um símbolo de afirmação numa década marcada pelo surgimento de movimentos defensores das minorias, do feminismo, dos direitos civis e da igualdade racial.
Lançou vários singles de sucesso como 'Respect', '(You make me feel like) a natural woman' e 'I Say a Little Prayer', que se tornaram verdadeiros clássicos. Na Beleza deixou-nos a lição de que a verdadeira Beleza é aceitarmos as nossas raízes, mas sempre com glamour e um brilhozinho extra.
Aretha Louise Franklin nasceu a 25 de março de 1942, em Memphis, mas foi em Detroit, no Estado de Michigan, nos Estados Unidos, que cresceu num ambiente musical. Filha de uma pianista e cantora gospel e de um famoso reverendo de uma Igreja Batista, a artista começou desde pequena a cantar com as irmãs no coro da igreja do pai. Em 1956, com apenas 14 anos, gravou o seu primeiro disco gospel intitulado 'Songs of Faith', ganhando assim destaque nesse género musical.
O sucesso de Aretha tomou outras proporções quando, em 1967, assinou contrato com a etiqueta Atlantic Records e lançou 'I Never Loved a Man (The way I Love You), que conquistou o 1º lugar das músicas R&B e atingiu a 9ª posição na Billboard Hot 100. No mesmo ano, lança o tema que se tornou o maior sucesso da sua carreira, “Respect”, que se traduziu num hino dos direitos civis e da mudança social.
Aretha foi a primeira artista negra a ser capa da revista norte-americana TIME e a tornar-se a primeira artista feminina a ser incluída no Hall of Fame do Rock and Roll. Em 2008, ganhou o seu 18º Grammy, tornando-a uma das artistas mais homenageadas da história dos Grammy e, ainda no mesmo ano, recebeu o título de maior cantora de todos os tempos pela revista Rolling Stone.
Dona de uma Beleza pura, Aretha exigia ser respeitada e honrada pelo que era e não pelo que a sociedade pensava que mulheres como ela deveriam ser. Abraçava a sua pele, o seu corpo e o rosto com naturalidade e usava-os como instrumentos de Beleza.
Entre o cabelo e a maquilhagem é difícil decidir qual deles é o mais icónico. Quer fosse com a afro, pixie, caracóis, liso ou com franja, a cantora exibia o seu cabelo com orgulho assim como as suas sobrancelhas escuras e ousadas. Na maquilhagem destacava-se o eyeliner preto, as sombras brilhantes e a máscara de pestanas. As maçãs do rosto eram iluminadas com um blush em tom de pêssego com os lábios a combinar.
Com quase meio século de carreira, Aretha Franklin deixou-nos a 16 de agosto de 2018, aos 76 anos, vítima de um cancro no pâncreas.
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