É no cabelo que encontra a inspiração e na ferrotipia coloca todo o seu conhecimento. Rachel Portesi, artista com descendência italiana e irlandesa e a viver em Vermont, nos Estados Unidos da América (EUA), captura a sensualidade, o lado místico e o poder do cabelo feminino através da ferrotipia, processo fotográfico com mais de 100 anos de existência que consiste na criação de uma imagem positiva sem negativo, diretamente sobre uma chapa fina de ferro revestido com um verniz ou esmalte escuro, que é utilizada como suporte para a emulsão fotográfica.
No Instagram de Rachel Portesi, conseguimos ficar a par do seu encantador trabalho que une a fotografia ao cabelo. Num primeiro olhar, podemos remeter as fotografias ao período vitoriano pela paleta de cores que se situa entre o sépia e o preto com uma pitada de nostalgia, mas não, são registos fotográficos bem atuais.
À edição britânica da revista Vogue, Rachel revelou ter começado o projeto durante uma semana em que se deixou mergulhar de pés e cabeça na residência artística Vermont Studio Center. Por lá, deu uso à imaginação e retirou dos escombros a ferrotipia. Ainda à Vogue, Rachel disse que tinha acabado de ser mãe quando deu início ao projeto. Meio perdida e sem saber o que rumo dar à sua vida, voltou a reencontrar-se tudo graças à arte e à Beleza de “Hair Portraits”.
Primeiro, começou a fotografar o seu próprio cabelo, depois convidou os seus amigos mais próximos e colegas de profissão. Capturar a essência do cabelo, elevar os fios até ao limite e explicar o que está por trás de cada um e, por vezes, com a ajuda de flores e outros acessórios é o mote do trabalho da artista. “Hair Portraits”, de Rachel Portesi, está em exibição no Brattleboro Museum & Art Center, em Vermont, até ao dia 21 de fevereiro de 2021.
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