Gosto de passar a ideia de que a beleza não tem de ser um conceito estabelecido por alguém, mas sim o que cada um de nós entende como a sua beleza. Se é com sardas, com cabelo preto, com olhos rasgados... Com uma cintura que veste o 36 ou um peito que precisa de uma camisola XL. Pouco importa desde que, para nós, o bonito esteja lá.
E muito desta guerra creio que passa exactamente pelo nosso tamanho e corpo. O conceito de que ser magra é elogio e ser gorda é ofensa está tão ultrapassado que eu nem sei por que é que continuamos a elogiar alguém quando perdeu aqueles 'quilinhos' extra. Se nos sentimos bem, por que é que uma opinião externa deve influenciar o que o nosso corpo é ou a beleza que dele emana?
Seja ele o normativo (será que isso ainda existe?), abaixo do peso ou acima do peso.
Nesse registo, trago-vos 3 contas de Instagram que me inspiram diariamente a assumir e criar o meu conceito de beleza corporal. Mulheres que têm mais curvas do que a sociedade concebe como bonitas, mas que, a meus olhos, são o epítome da inspiração.
Chinae Alexander Conheci a Chinae através de outras influenciadoras e não resisti à sua atitude. Partilhamos do mesmo feeling: aceitar o nosso corpo e alterar o que em nós não nos agrada. Ou seja, aceitar que não há errado ter uns quilinhos extra mas apostar no exercício de pernas se queremos que elas sejam mais delgadas. Além disso, não tem qualquer pudor em mostrar o seu corpo, as suas 'imperfeições' e normalizar a celulite ou as marcas que foi coleccionando ao longo dos anos. E é fierce as hell!
Cheyenne Adler A primeira vez que me cruzei com uma fotografia da Cheyenne foi no separador 'explorar', do Instagram. Foi essa fotografia que me apareceu e não deu para não reparar na quantidade de confiança que emana. Adoro miúdas que assumem as suas inseguranças e que provam que, lá por estarem por trás de uma conta de Instagram, também têm as suas dúvidas, também questionam as suas vivências e que as expõem. E a Cheyenne faz (e é) tudo isso. É uma verdadeira inspiração!
Carrie Santana da Silva Sigo a Carrie há uma data de anos – e muito antes de ser por questões de aceitação corporal ou de bem-estar. Ela é das minhas bloggers favoritas há muito tempo, pelo seu conteúdo e pela sua estética de comunicação. Mas a partilha deste artigo foi quase como um alerta para mim. Vê-la a fotografar em lingerie, a assumir as suas curvas, a sua barriga, peito, tudo... deu-me um boost de confiança incrível. E quando vemos as pessoas que realmente nos influenciam a ter ainda mais poder de influência e muito além das compras ou das viagens, o shift muda completamente e passa tudo a fazer ainda mais sentido.
Que vos inspirem tanto quanto a mim.
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