Até há uns cinco anos atrás, o meu cabelo batia abaixo da cintura. Foi sempre assim, desde que me lembro. Sempre tive um longo (e denso!) cabelo, onde a tranças reinavam e raramente fazia rabos de cavalo. Mas, ali na crise dos 24/25 anos, deu-se o clique na minha cabeça. E se eu cortasse o cabelo curtinho? E por curtinho, entenda-se ao nível do peito – era o mais curto que eu achava possível ir. Mas não foi. E se eu cortasse pelos ombros? E se fosse acima dos ombros?

Aos poucos e poucos fui cortando cada vez mais até atingir aquele corte que eu gosto e onde me identifico: o (que eu livremente apelidei de) Alexa Chung hair. Acima dos ombros, com algumas ondas, e uma pequena franja que abre a meio do rosto, quase como uma espécie de moldura.

#BemMeQuer: pele e cabelo, os meus bem-amados
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E, há coisa de um mês, lá fui eu dar mais um corte nesta pequena juba. Mas, desta vez pedi algo diferente. “Cris, só sei que não quero ao nível da orelha e quero acima dos ombros. Podes cortar!”. O Cris cortou – btw, se não conhecem @ocabeleireiro, não sabem o que perdem – bem acima do ombro. E eu sai de lá a achar-me uma outra pessoa, sem me reconhecer no espelho.

A adaptação nem sempre é fácil e é verdade que cortar o cabelo super curto não é para toda gente. I mean, não é uma tatuagem. O cabelo eventualmente cresce e não fica mini para sempre. Mas sim... Se não forem radicais, é preciso toda uma preparação.

  1. É normal estarem indecisas. Pensar: corto? Não corto? Hoje em dia já há salões onde podem marcar uma espécie de consulta para que alguém com mais conhecimento vos ajude. E não há mal nenhum em esperar ou até mudar de ideias. As mudanças deixam-nos sempre com dúvidas!
  2. O momento do sim! “Vou cortar. É desta.” Marquem a hora no salão, procurem exemplos do que querem no Instagram ou no Pinterest e sejam decididas sobre o que realmente querem. O que, na verdade, não querem é sair do salão com algo bem diferente ao que idealizaram! Façam todas as perguntas que precisam de fazer e tudo correrá como querem.
  3. Aquele momento em que chegam a casa. E que se olham ao espelho e pensam “o que fui eu fazer ao meu cabelo?” é totalmente normal. Toda gente passa por isso, acreditem. E não culpem o vosso cabeleireiro, faz parte. Lavem o cabelo, sequem com o secador, deixem secar ao ar livre... Explorem o vosso cabelo até encontrarem aquela forma ideal que vos faz sentir vocês mesmas neste novo cabelo.
  4. Yes, é isto mesmo! Agora que já encontraram a vossa fórmula – a minha é, sem dúvida, não usar qualquer produto para secar o cabelo e deixá-lo secar ao ar, para ficar com todos os jeitos que eu adoro! – aproveitem. Olhem ao espelho e sintam o quão giras e diferentes estão. Até porque, a verdade é: once you go short...

Mafalda Beirão é a autora inspirada das histórias do blogue Malmequer, como ela refere, "a extensão de tudo aquilo que eu sou e que eu mais gosto". Formada em Psicologia, encontrou na comunicação o seu drive.