Susana Chaves, diretora

O Dramatically Different Moisturizing Lotion (DDML) da Clinique, o primeiro produto de Beleza que comprei, juntamente com os outros dois passos da marca, ocupa um lugar especial na minha memória, mas não foi a promessa de uma pele “dramaticamente diferente” que me convenceu a comprá-lo (apesar de a cumprir). O que realmente me influenciou foram as campanhas publicitárias fotografadas por Irving Penn. O fotógrafo capturava os produtos da Clinique de uma forma minimalista, sofisticada e artística – e eu ficava fascinada com aquelas imagens que mostravam os três passos da Clinique em tamanho gigante, provocando o desejo de os ter nas mãos e no rosto.

Os três passos, mas, mais concretamente, o DDML, tornaram-se parte da minha rotina de cuidados de pele durante anos, com a sua textura leve e um aroma inconfundível. Ao longo dos anos, é um produto que, volta e meia, tenho tornado a usar quando sinto falta de um hidratante leve e que cumpre. Está definitivamente na hora de o recuperar.

Outro produto que descobri mais ou menos na mesma altura do DDML, em 1985, foi quando fiz a minha primeira viagem aos Estados Unidos. Entre todas as novidades e descobertas que me fascinaram nessa experiência, houve uma que se tornou um marco olfativo: o Obsession da Calvin Klein. O perfume tinha sido lançado nesse mesmo ano e, ao experimentá-lo, percebi que nunca tinha sentido nada assim. Longe das fragrâncias florais e leves que dominavam a minha adolescência, o Obsession era quente, intenso e absolutamente inesquecível. Usei-o anos a fio, era o “meu” perfume de assinatura e já não o tenho há mais de 15 anos, seguramente. Está na altura de o tornar a comprar.

Por fim, um produto icónico até aos dias de hoje, que me cativou nos anos 90 e que usei anos sem fim: o verniz Rouge Noir da Chanel. Da mesa de experiências de Dominique Moncourtois e Heidi Morawetz, os diretores criativos do departamento de maquilhagem da marca, para o desfile de outono/inverno de 1994, o verniz revolucionou a maquilhagem de mãos e estava sempre esgotado nas prateleiras das perfumarias. Ainda no ano de 94, pudemos vê-lo nas mãos de Uma Thurman em Pulp Fiction e também nas de Madonna no teledisco de Take a Bow. Das delas para as minhas foi um tirinho, e é um clássico que vou, sem dúvida, voltar a usar.

Joana Maia Rodrigues, editora

Foi pelos meus 12 anos que me comecei a encantar pelo mundo da Beleza. O fascínio começou pela maquilhagem, muito impulsionada pelas revistas compradas pela minha mãe e, mais tarde, pelas youtubers norte-americanas, pioneiras com os seus vídeos de tutoriais e das suas coleções de batons MAC e vernizes OPI. Recordo-me bem dos primeiros cuidados "a sério" que comprei numa perfumaria com a semanada - a rotina de três passos da Clinique. Mais de 16 anos depois, foram muitos os produtos que me passaram pelas mãos (e não só) e muitos deixam saudade precisamente por marcar a descoberta deste mundo encantado. Não fosse eu, canceriana.

Um deles é o Tonique Confort da Lancôme que foi durante muito tempo um favorito, tendo sido recomprado várias vezes. Deixava a minha pele hidratada e luminosa, mas confesso que o que mais me marcou e relembro até hoje é a sua experiência de aplicação. A textura quase leitosa, o aroma inconfundível e envolvente e a forma como a pele o "bebia". E, de repente, fiquei com vontade de o voltar a usar.

Falando de maquilhagem, a Double Wear da Estée Lauder foi a minha primeira base para "gente crescida" e se hoje me parece difícil acabar um frasco, desta fiz restock várias vezes. Recordo-me dela como uma base de textura fluída, contudo, com uma cobertura muito poderosa que ocultava até o meu mais secreto desejo. Hoje prefiro um acabamento mais natural, mas continuaria a ser uma opção para eventos demorados e quando precisamos de uma pele impecável.

Fui muitas vezes influenciada pelas youtubers, como disse acima, o que resultou na compra do famoso óleo de cabelo Moroccanoil. Caro já na altura, considerei um investimento e a verdade é que recordo de sentir o cabelo mais macio e brilhante. Aplicava o óleo no cabelo húmido, como indica a marca, mas hoje talvez aplicasse apenas depois de secar como finalizador.

Liliana Pedro, redatora

Ahhh, a nostalgia! Recordar produtos de Beleza que nos conquistaram no passado é como viajar no tempo através de aromas, texturas e embalagens icónicas. Quem nunca sentiu saudades ao reencontrar aquele batom que usava sempre ou o creme que adorava aplicar? Alguns produtos de Beleza tornaram-se verdadeiros clássicos para mim.

O Nivea Soft era (e ainda é) o creme favorito da minha avó, que me influenciou a usá-lo na pré-adolescência. Este produto multifunções, ideal para corpo, rosto e mãos, destaca-se pela sua textura leve e hidratação intensa, deixando a pele macia e fresca.

O Russian Red da MAC é mais do que um batom vermelho — é um verdadeiro ícone de Beleza. Com o seu tom intenso e acabamento mate, tornou-se em tempos no meu bff, garantindo um look sofisticado e atemporal.

O Touche Éclat da Yves Saint Laurent deve ter sido o primeiro produto de "maquilhagem de adulto" que a minha mãe me ofereceu. Esta caneta iluminadora revolucionou os meus looks de makeup ao trazer um toque de luz instantâneo à pele, disfarçando as olheiras e realçando os pontos certos do rosto. A sua fórmula leve e luminosa garante um acabamento natural e radiante. Foi um indispensável no meu nécessaire!

Rafaela Pinto, redatora

Se havia uma coisa que levava muito a sério naquela época, era o famoso eyeliner. E, por isso, não podia faltar o Pro Longwear Fluidline da MAC, o rei dos eyeliners em gel. Lembro-me perfeitamente de ir ao shopping no Porto (porque em Braga não havia loja) para comprar este eyeliner. Adorava tudo nele: a sua textura em gel macia, que deslizava como manteiga e secava rápido; a mega pigmentação e incrível durabilidade. Mesmo depois de um dia inteiro de escola, continuava intacto. Agora rendi-me à praticidade dos eyeliners em caneta, mas confesso que me dá saudades de pôr em prática a arte do pincel.

Se existisse um cheiro que definisse a minha adolescência, com certeza que seria o Fantasy da Britney Spears, lançado em 2005. O frasco rosa cheio de glamour com pedrinhas brilhantes...quem não se lembra? O aroma é doce, viciante e inconfundível. Ainda hoje - sim, está à venda e é considerado best-seller - quando sinto a fragrância com notas de kiwi, chocolate branco e jasmim, sou instantaneamente transportada para os tempos de escola.

Por fim, mas não menos importante, a base Fond de Teint Creme Conforto da Yves Rocher, que agora tem uma embalagem nova, mas continua a ser um verdadeiro achado. Passava horas e horas a folhear o catálogo na missão de encontrar os melhores produtos de maquilhagem e esta base foi, sem dúvida, uma das minhas favoritas. Com textura cremosa e acabamento natural, conseguia manter a minha pele uniforme, hidratada e, acima de tudo, sem parecer uma boneca de cera.

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