
Antecipado com expetativa - como qualquer lançamento Prada - este novo perfume não foi diferente: os fãs da marca aguardavam com curiosidade a revelação do aroma. Que aspeto teria o frasco, que notas teria a fragrância? Seria uma continuação em linha com as anteriores criações ou seria disruptivo? Apresentado ao público há poucas semanas, as reações têm sido unânimes: estamos perante um clássico moderno, uma homenagem ao ADN da marca e uma coesão perfeita com os tempos que vivemos, a começar pela embaixadora que lhe dá voz, rosto e também a realização da campanha de vídeo: Emma Watson.
Como descrever Prada Paradoxe?
Todo o projeto foi realizado dentro do espírito criativo da Casa Prada e sob a direção criativa da própria Miuccia Prada e de Raf Simons. O aroma, esse foi assinado por três Mestres perfumistas Givaudan: Nadège Le Garlantezec, Shyamala Maisondieu e Antoine Maisondieu a quem foi pedido para conciliar o intemporal e o vanguardista, a natureza e a inovação.
A melhor descrição para Prada Paradoxe reside no seu nome: a união de um pilar no mundo da Moda com as subtilezas, surpresas e contradições que podem existir dentro de alguns - não todos - perfumes. Somos puxados por uma nota enebriante para depois viajarmos em surpresas olfativas e até contradições que imprimem nos sentidos a banda-sonora olfativa para momentos ou fases de uma vida. Este aroma parece-me ter os ingredientes necessários para cumprir esse papel.
O novo papel de Emma Watson

A constante evolução da mulher, bem como a sua essência, difícil de definir, foi o mote, o ponto de partida para o aroma, o frasco e a sua Musa. Emma Watson não surge por acaso neste projeto: a última vez que a vimos numa campanha de Beleza foi na Lancôme, há quase 10 anos. Watson, atriz e ativista, fez saber em algumas entrevistas que deu que, a aliar-se novamente a uma marca de beleza, esta teria de ter - e refletir - a Mulher em todas as suas facetas. Uma união com tudo para dar certo, se tivermos também em conta que a participação de Watson não se resume à de protagonista: a atriz dirigiu o filme publicitário da campanha, levando mais do que o seu rosto ao escrutínio do público.
Nos bastidores da campanha publicitária:
O aroma Prada Paradoxe
A marca define-o como um ambar floral, um "bouquet de flores brancas intemporais, reinventadas numa assinatura vanguardista" mas, permitam-me, é difícil reduzir um aroma destes a meia dúzia de palavras. Prada Paradoxe redefine a sensualidade feminina através de expressões olativas contrastantes: notas dominantes de neroli e jasmim aliam-se às (aparentemente) inocentes flores brancas sendo que estas foram "abraçadas" numa composição vanguardista de notas "técnicas" onde se destacam o Ambrofix™ e o Serenolide™, acordes de moléculas "exclusivas" das quais a primeira tem sido tipicamente utilizada em perfumes masculinos (um âmbar bioconvertido) e a segunda é uma nova e revolucionária molécula de almíscar com uma intensidade reforçada para além do seu dry-down, assegurando que a memória desta fragrância perdura em quem a usa e em quem a sente.
O frasco icónico e a sustentabilidade
Inspirado pelo inconfundível triângulo Prada, o frasco reinventa um dos mais conhecidos logotipos do Mundo da Moda. Distinto dos tradicionais formatos quadrados, retangulares ou até redondos, o frasco explora o triângulo nas suas facetas: inclinado mas estável, assente mas deslocado, infinitamente replicável, eternamente associável à marca que lhe dá nome.
A concepção do frasco não se moveu apenas pela estética: um dos compromissos que a marca assume atualmente é a de propor objetos e iniciativas de design que promovam mudanças positivas. Todos os três tamanhos frascos de Paradoxe são recarregáveis e, no ponto de venda será bem visível essa possibilidade. Também os frascos de vidro, tal como as embalagens são recicláveis permitindo reduzir a necessidade de produção de mais materiais. Um único frasco de 50ml de Prada Paradoxe e uma recarga de 100ml evita a utilização de 40% de materiais no total, comparativamente a três frascos de 50ml de Prada Paradoxe. Isto inclui 29% de vidro, 67% de metais, 48% de plásticos e 41% de cartão.

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