Esta visita ao Sublime Comporta há muito que era devida. Não por falta de oportunidade: pouco depois de ser inaugurado em 2014, veio o convite para ir conhecer o hotel mas, entre contratempos, afazeres e uma extensa lista de SPA’s para visitar em reportagem, acabaram por se passar 4 anos até que, finalmente este Outono, cruzo as portas deste destino que se tornou um dos mais badalados, primeiro de Portugal e agora, também do Mundo.
Chego com algum nervosismo: se por um lado ir conhecer um espaço recém-inaugurado pode significar tropeçar numa experiência pouco “redonda”, com detalhes por terminar, uma equipa ainda mal-rodada ou inexperiente, por outro, ir descobrir um hotel com quatro anos de reviews ascendentes e que já goza de um invejável estatuto internacional, faz elevar as (minhas) expectativas a um nível bastante acima da média. Nada me custa mais do que o amargo de boca que fica quando algo corre menos bem numa situação destas porque, antes de mais, eu sou a primeira a desejar desfrutar de uma experiência inesquecível, para mais num sítio que se chama Sublime. E não falo apenas da experiência “hoteleira”, mas sobretudo a do motivo principal que me traz aqui: conhecer em profundidade o Sublime Spa, com uma direcção renovada recentemente, um novo conceito, um novo menu e uma nova filosofia. Sofro por antecipação, mas contente por finalmente poder por tudo em pratos limpos.
Check-in
Demora-se pouco mais de uma hora, de Lisboa à Comporta, mais concretamente a Muda, a localidade onde encontramos o Sublime, uma pérola escondida num pinhal, rodeada de natureza e calma. Apesar de já ter crescido, em número de villas e quartos e de estar prevista para breve mais uma pequena expansão, à mesma tem-se a sensação de estar num refúgio onde a privacidade, o luxo e a tranquilidade vivem de mãos dadas. A madeira é a rainha dos materiais quer na construção, quer na decoração e nos detalhes e torna o espaço do edifício principal bem como o das villas, caloroso e acolhedor. A decoração dos quartos e villas é despojada mas requintada e confortável, uma cama maravilhosa oferece, em todos os espaços, uma vista privilegiada para a natureza. Podia nem sair mais do quarto e já me dava por feliz. Anoto os detalhes que fazem a diferença: chão aquecido na casa de banho, uma banheira gigante e super instagramável, amenities da Claus Porto, um speaker para ouvir música se nos cansarmos do silêncio e dos pássaros e tudo o resto à distância de um telefonema para a recepção.
Sublime SPA
Vamos ao que me trouxe aqui: o SPA. Debaixo da cuidadosa direcção da nova e experiente Spa Manager Catarina Ferreira, o espaço foi alvo de uma renovação recente, sobretudo a nível do menu de tratamentos. Já não estamos perante um hotel que dispõe do serviço de massagens mas antes de um Spa com um conceito próprio e em linha com o posicionamento do hotel que casa o luxo à natureza, ali bem próxima. Beleza, bem-estar e equilíbrio emocional são as palavras-chave do Sublime Spa: muitos dos ingredientes utilizados nos tratamentos são de cultivo local, como é o caso do arroz e do sal, oriundos da zona ou de algumas plantas e ervas cultivadas de forma sustentável no jardim Orgânico do hotel. Os tratamentos também podem ser feitos com óleos essenciais puros e certificados ou, com produtos da Amala, a marca alemã eleita pelo Spa para proporcionar eficácia sem prescindir de ingredientes orgânicos e de uma filosofia sustentável.
Antes de cada tratamento é feita uma análise às necessidades e expectativas do cliente e o protocolo pode ser escolhido de um completo menu, ao qual se podem adicionar “suplementos” de tratamentos específicos numa verdadeira experiência tailor-made. No meu caso, a opção foi para um dos tratamentos assinatura: a Sublime Massage com óleos naturais, à qual adicionei um facial refirmante com produtos Amala. Na parte do tratamento de corpo optei pela combinação de óleos Relaxantes (poderia ter escolhido De-stressante, Desintoxicante ou Terapêutico) e foi-me dado a escolher o tipo de pressão, as áreas a trabalhar ou a evitar e o tipo de compressas (frias ou quentes). O facto desta conversa acontecer ainda no momento da chegada ao spa (acompanhada de um pequeno questionário e de uma toalhita refrescante), faz com que possamos chegar à sala de tratamento já completamente in the mood para relaxar profundamente, coisa que, de facto aconteceu. A terapeuta que conduziu o meu tratamento era nitidamente muito experiente e segura (um dos meus principais receios e muito frequente, infelizmente) e elevou toda a experiência a um outro nível e completamente em linha com a fasquia que eu tinha colocado. Após o tratamento fui conduzida para a zona da belíssima piscina interior aquecida onde “voltei” ao mundo dos vivos e, o único remorso foi de facto não ter tido mais tempo para ali ficar mais um par de horas a navegar na calma que reconquistei naquela manhã.
Check-out
Levo boas memórias (tanto por dizer também da vertente da restauração, um plus na experiência global, tal como algumas facilidades ao dispor dos hóspedes) e, sobretudo um doce de boca pela descoberta deste Sublime ao qual quero, sem dúvida, regressar.
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