Todos sabemos que a queda de cabelo é um processo normal e natural. Uma pessoa saudável perde entre 50 a 150 fios por dia, variando consoante as épocas de maior queda, como o início do outono e da primavera. Mas na realidade, não existe apenas uma queda de cabelo, existem vários tipos de quedas, com causas diferentes. Então, a partir de que momento a queda de cabelo deve deixar de ser considerada normal? Conversámos com o Dr. Henrique Machado, médico tricologista e referência nacional na Medicina Estética e Capilar, que nos contou tudo o que precisa de saber.

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"A queda de cabelo faz parte da normal renovação do cabelo", começa por explicar. No entanto, existem diversos factores que podem contribuir para um aumento desta queda. Por exemplo, nas mudanças das estações, mas tal não significa um problema porque em geral esta queda é reversível e os cabelos voltarão a nascer.

"Existe também o Eflúvio Telógeno Agudo, que consiste numa queda aumentada, normalmente de 3 a 6 meses e é consequência de algum "stress” que o cabelo sofre. Como por exemplo o stress, Covid e outras doenças, pós-parto, depressão, anemia ou défices nutricionais, entre muitos. Neste caso, a queda costuma ser reversível, mas há que fazer um correcto estudo com um médico tricologista, porque é importante descobrir e tratar a causa para conseguimos recuperar o cabelo perdido", alerta.

Curiosidade: o termo alopécia provém do grego alopexia, de alópex, que significa raposa em grego. Este nome foi dado porque a raposa apresenta com frequência queda de pêlos.

A partir de que momento, a queda de cabelo pode ser considerada alopécia?

"A partir do momento em que temos uma diminuição continuada da densidade capilar em alguma zona do couro cabelo", afirma o especialista. Podemos considerar como alopécia a ausência ou rarefação do cabelo, num local onde previamente existia.

A mais comum é a Alopécia Androgenética que se caracteriza pelo facto de em algumas zonas (por exemplo nos homens as mais frequente são as "entradas" e a "coroa" e nas mulheres a linha média) termos cabelos que geneticamente estão programados para começarem a cair mais cedo e como tal provocarem este tipo de alopécia.

"Outro tipo de alopécia muitas vezes falado, essencialmente após o episódio ocorrido com o Will Smith na cerimónia dos Óscares de 2022, é a Alopecia Areata. É uma alopecia autoimune, ou seja, é o nosso sistema imune que dá sinais para que os cabelos não cresçam. Neste caso a afeção pode ser desde pequenas placas de alopecia que voltam a crescer ou, em casos graves, a pessoa pode perder todos os cabelos e todos os pêlos do corpo".

  • Cerca de 30% dos homens com 30 anos já sofrem de alopecia androgenética sendo que este número chega aos 80% com o envelhecimento.
  • No caso das mulheres cerca de 6% tem alopecia androgenética aos 30 anos subindo para 40% aos 70 anos (agravamento importante na pós-menopausa).

Não existe tratamento definitivo para a Alopecia Androgenética mas actualmente temos diversas medicações e tratamentos (como a Mesoterapia, o Plasma Rico em Plaquetas, o Microagulhamento ou os Laser de Baixa Potência) que podem controlar este tipo de alopécia. E, claro, a possibilidade de fazer um transplante capilar sendo que a grande vantagem é tratar-se de um tratamento definitivo.

Há, no entanto, dezenas ou mesmo centenas de tipos de alopécias que variam muito entre si. Por isso, é muito importante consultar um médico tricologista aos primeiros sinais de falta de cabelo. Quanto mais cedo se iniciar os tratamentos melhores serão os resultados.

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