Se há algo que nunca devemos esperar de Chrissy Teigen é aborrecimento - ou timidez. Se esteve atento ao Instagram nos últimos dias e se segue a apresentadora (devia, ela é a rainha não oficial do Instagram), talvez se tenha deparado com uma série de stories publicados pela própria, onde se vê Chrissy a colocar botox nas axilas. "Sinceramente, a melhor decisão que já tomei", escreveu Crissy nas legendas do vídeo onde se via o cirurgião plástico Jason Diamond a administrar a toxina botulínica nas axilas - e btw: segundo a modelo não doeu nada. "Mas nas axilas??", exclamou a Internet em uníssono, levando este assunto até às notícias dos principais meios de comunicação.
Sim, nas axilas. Antes de se tornar o antídoto do século XXI para as rugas, a toxina botulínica, substância capaz de provocar a paralisação muscular através do seu relaxamento, foi usada na oftalmologia (para corrigir o estrabismo), na urologia, na ortopedia e na neurologia. Ah, e claro, na transpiração excessiva aka hiperhidrose das mãos, pés e axilas.
Segundo Vasco Coelho Macias, dermatologista na Clínica Ibérico Nogueira, explicou à Miranda, "a toxina botulínica A recebeu aprovação para o tratamento da hiperhidrose em 2004 e tem sido utilizada com sucesso para o tratamento da hiperhidrose primária axilar, palmo/plantar e facial". A administração é feita através de microinjeções nas camadas superficiais da pele e a duração do tratamento (isto é, o tempo em que não temos de nos preocupar em usar sedas) está entre 4 a 6 meses. "Pessoalmente, pela sua elevada eficácia e segurança, considero esta a melhor opção para as formas de hiperhidrose axilar que não respondem aos anti-transpirantes", acrescentou o especialista.
Este tem sido um verão particularmente 'transpirante' e é sempre positivo quando uma figura pública nos faz voltar as atenções para um tema que - sabe-se lá porquê - não cai nas boas graças e até pode estar envolto em sentimentos de vergonha. Não esquecer que a transpiração é um processo perfeitamente natural, que tem como função essencial a regulação da temperatura corporal.
"Quando a temperatura do corpo aumenta, as glândulas sudoríparas produzem o suor que, ao evaporar da superfície cutânea, contribui para o seu arrefecimento. Nos adultos existem entre 2 a 5 milhões de glândulas sudoríparas distribuídas pela pele, estando apenas ausentes na mucosa genital, lábios e canal auditivo externo, e são capazes de produzir até 0.5 litros de suor por hora. Os atletas ou pessoas aclimatizadas a regiões quentes são capazes de produzir até 3-4 litros de suor por hora. Em pessoas saudáveis o suor é composto por 99% de água", explica Vasco Coelho Macias.
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