Nada como começar a semana com uma daquelas notícias que nos faz questionar: "Como assim?". Mas não, não veio ao engano, nem se trata de um título clickbait. Existe mesmo uma máscara de tecido para a vagina e agora, sim, já vimos oficialmente tudo.

Mindy Mindy

O produto é da marca Two Lips e chama-se Black Out. Trata-se de uma máscara, especificamente para a região da vagina, com carvão activado para "estimular o sistema linfático" e desintoxicar, camomila para suavizar, alcaçuz para "aclarar e uniformizar o tom de pele" e aloe vera para hidratar. Para já está apenas disponível nos Estados Unidos e custa 25 dólares.

De acordo com a marca, a máscara "foi desenhada para se ajustar à vulva, que começa desde a zona pública (a região pélvica) até à zona dos lábios e interior das coxas. A máscara embebida em sérum não tem sulfatos, petroquímicos, parabenos nem álcool e é feita com extracto de plantas orgânicas, por isso é segura para as vulvas mais sensíveis".

No jornal The Sun, o produto foi posto à prova, e os resultados terão sido positivos: não só a vagina terá ficado "fresca e suave", como também terá acalmado a irritação da recente depilação a cera à zona.

Médicos alertam para riscos

"Usar um produto na vulva pode ser arriscado", diz Lily Talakoub, uma dermatologista norte-americana, à revista Allure. "A pele na vulva é mais fina do que no rosto, por isso pode ficar irritada por químico muito fácilmente, explica. "Reacções alérgicas são comuns dado a pele ser muito fina, a reduzida barreira mucosa, e a sensibilidade da área. Além disso, humedecer a zona vai aumentar o risco de infecções", acrescenta.

Também Adeeti Gupta, ginecologista, advoga a mesma filosofia: "o melhor a fazer nessa zona é aplicar o menor número de produtos possíveis - menos é mais", revela também à Allure.

Testar ou não testar

Para os curiosos, um novo produto vai sempre criar uma sensação de tentação e novidade, mas, caso queira mesmo (muito) experimentar, o ideal é falar com a sua ginecologista e dermatologista primeiro. No entanto, lembre-se que a vagina é uma espécie de "viveiro" natural de fungos e bactérias, capaz de se autorregular. Produtos desnecessários podem ser prejudiciais ao pH natural da vulva ou mesmo destruir os organismos protectores da vagina.