Os antibióticos são um medicamento conhecido por muitos de nós, usados para tratar infeções bacterianas em variados sistemas do nosso organismo. Contudo, existem ainda algumas dúvidas sobre os mesmos, seja sobre a sua ação ou sobre a forma correta de os tomar. A toma incorreta pode acarretar consequências para o doente, que vão bem mais longe do que a dificuldade em curar a patologia em questão. Para desmistificar alguns pontos relacionados com os antibióticos, estivemos à conversa com a enfermeira Patrícia Catela que respondeu a todas as nossas dúvidas.
Deve-se respeitar a hora certa de toma dos antibióticos?
Verdade. Os antibióticos devem ser tomados à hora certa para evitar a sobredosagem de medicação ou desenvolvimento de resistência bacteriana, uma vez que cada medicamento permanece no nosso organismo um determinado tempo. Caso se medique quando ainda existem altas concentrações de medicamento no sangue, pode dificultar o tratamento da infeção, uma vez que os microrganismos vão criar resistência ao antibiótico.
É permitido beber álcool durante o tratamento com estes medicamentos?
Falso. O álcool pode modificar ou inibir o efeito terapêutico dos medicamentos, aumentando a probabilidade de desenvolver efeitos secundários não desejáveis ao utente. O álcool em elevadas concentrações podem ainda prejudicar o sistema imunológico, dificultando a cura da infeção.
A toma de antibióticos pode impedir o efeito contraceptivo?
Verdade, mas dependendo do tipo de antibiótico. Alguns podem afetar a ação do contraceptivo hormonal pela sua interação medicamentosa existente entre eles, aumentando a probabilidade de uma gravidez indesejada.
Podemos criar imunidade aos antibióticos?
Verdade. O uso incorreto da toma de antibióticos, a toma prolongada ou uma dose errada aumenta o risco dos microrganismos se adaptarem, criando resistência ou imunidade a este tipo de medicamentos.
Tem mesmo que tomar a caixa de medicamento até ao fim para que o tratamento fique completo?
Verdade. Devemos tomar a caixa até ao fim ou a quantidade prescrita pelo médico. Isto porque as bactérias causadoras da doença podem resistir e fazer com que a infeção persista. Por outro lado, pode fazer com que as mesmas bactérias desenvolvam resistência ao fármaco, o que faz com que o tratamento da infeção fique mais comprometido.
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