Jawara foi um dos profissionais escolhidos para integrar a equipa de curadores do projeto Farfetch Beauty. E é fácil perceber porquê. Com uma carreira tão inspiradora como os penteados que cria, é a prova viva de que a Beleza também é arte. Aliás, teve já uma exposição de arte inspirada na cultura capilar da Jamaica.

Teve como mentor o hairstylist Sam McKnight (sim, o responsável pelo icónico corte de cabelo da Princesa Diana), um nome incontornável no mundo dos cabelos, o que já fazia prever um bom presságio para o seu futuro. A Miranda esteve à conversa com o profissional de Beleza, para falar deste último projeto, da sua carreira e da forma como vê a indústria versus inclusividade. Venha daí.

A Farfetch acaba de lançar categoria de Beleza e nós já temos wishlist
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Como recebeu o convite da Farfetch para fazer parte deste projeto?

Fiquei entusiasmado por me envolver com a comunidade Farfetch Beauty, por ter a oportunidade de ouvir várias pessoas sobre como elas vêem e vivem a Beleza. Também todos os aspetos da indústria em geral, de um ponto de vista pessoal diferente.

Quais as principais preocupações na hora de fazer a curadoria dos produtos de cabelo para a Farfetch Beauty? Quais os seus produtos de cabelo favoritos nesta seleção?

Adoro a qualidade dos produtos, especialmente dos champôs.

O Jawara já trabalhou com nomes como Rihanna, Beyoncé, Naomi Campbell, Bella Hadid, entre outros. O que mais gosta de trabalhar com mulheres tão inspiradoras?

O que mais gosto quando trabalho com essas mulheres é testemunhar na primeira pessoa a sua força, o seu poder e ver a sua confiança em tudo o que fazem.

Qual o projeto de que mais se orgulha até hoje e porquê?

Tive uma exposição de arte denominada “Tallawah” que era baseada na cultura capilar da Jamaica. Este foi o momento de maior orgulho para mim… juntamente com todas as capas incríveis que tive a oportunidade de fazer.

Para si, pentear um cabelo é uma arte e porquê?

Eu aprendi que o cabelo é uma forma de arte direccionada para uma cultura de hairstyling que sempre foi considerada uma arte.

Quais as suas principais referências e inspirações na hora de criar um penteado?

São várias. Pessoas a observar, filmes antigos, livros, espetáculos de penteados, exibições, visitas a galerias de arte, entre muitas outras.

Sam McKnight, um nome incontornável no mundo dos cabelos, foi o seu mentor. Qual o maior ensinamento que aprendeu com o mesmo?

Aprendi muito com o Sam. A maior lição que ele me deu foi sobre realmente conectar com os clientes. Como trabalhar com eles e a equipa para permitir que o cabelo seja uma parte fundamental da história que se está a tentar contar. Criando uma atmosfera divertida no set e a fazer um trabalho verdadeiramente elegante.

Olhando para a indústria da Beleza há 10/15 anos e comparando com os dias de hoje, está mais inclusiva? O que falta fazer e o que gostava de mudar no panorama?

Penso que algumas mudanças importantes foram feitas, mas acredito que temos um longo caminho a percorrer na esperança de ver ainda mais isso no futuro. Também espero ser uma parte ativa na contribuição para essa mentalidade no futuro.