Desafiámos Isabela Valadeiro a encarnar uma nova personagem com visuais surpreendentes. Com o vermelho como mote, a Chanel apresenta a sua coleção de maquilhagem para a nova temporada: The Definition of Red. A cor da paixão marca não só a história da Beleza, como a história da Maison, como símbolo de poder e liberdade. Não fosse esta a cor escolhida por Gabrielle Chanel para o primeiro batom da marca, em 1924.
Também o batom ganha destaque nesta coleção com o Rouge Allure Velvet. Com acabamento aveludado, a coleção foca em seis cores cuja paleta vai dos nudes ao coral rosado, e ainda três tons de vermelho. Destaque ainda para a Mascara Noir Allure em grenat, uma máscara de pestanas em encarnado e ainda as paletas de rosto e olhos Les 4 Rouges Yeux et Joues, disponíveis em duas versões. Conheça a restante coleção ao longo do editorial.
Descubra todos os looks do editorial e leia, a seguir, a entrevista exclusiva de Isabela Valadeiro à Miranda.
Qual a primeira memória que tem do mundo da Beleza?
Em miúda era vaidosa, gostava de pôr uns saltos altos e maquilhagem de crianças. E desde muito cedo que coloco perfume. Havia um em particular que adorava e pedia sempre à minha mãe para comprar, usava imenso e não queria que acabasse. Não me recordo do nome.
Qual o melhor truque ou dica de Beleza que a mãe ou avó transmitiram?
A minha avó aplicava sempre muito creme antes de ir dormir. Uma grande quantidade no rosto, no pescoço e até nos lábios. E hoje eu faço o mesmo, hidrato sempre muito bem a minha pele.
Qual o produto de Beleza imprescindível no dia a dia?
Blush. Num tom rosado, nas maçãs do rosto, dá sempre um ar saudável, acho que é fundamental. E uma escova de sobrancelhas, gosto delas com volume e penteadas para cima, por isso, é indispensável.
Conheça, na galeria abaixo, os produtos Chanel usados neste look:
E a rotina de rosto? É complexa ou minimalista?
Minimalista, mas sem nunca descurar. Ou seja, hidrato sempre o meu rosto de manhã e aplico protetor solar. Confesso que não é um hábito antigo, mas percebi agora que é fundamental e é o melhor anti-rugas de sempre.
Como uso muita maquilhagem no dia a dia, a minha profissão assim o exige, é essencial desmaquilhar-me muito bem à noite. De seguida, aplico tónico e hidrato muito bem a pele.
Qual o tratamento de Beleza favorito?
Gosto de tudo [risos]. Gosto de massagens, de limpezas de pele, sinto logo a diferença na minha pele. Uma hidratação profunda ou tratamento com vitamina C também são fundamentais. Adoro que cuidem de mim. Recentemente, fiz um brow lamination e fiquei agradavelmente surpreendida. As minhas sobrancelhas são muito finas e sem volume, desde que fiz o procedimento – que consiste em fixar os fios por um longo período – fiquei fã.
Quando é que se sente mais bonita?
Curiosamente, ainda há dias aconteceu-me um episódio engraçado. Comecei a utilizar um óleo de rosto e acordei com a pele super luminosa, nesse dia tive um meeting familiar e o meu irmão elogiou-me imenso e, realmente, senti-me muito bonita. Também acontece quando faço uma boa hidratação no rosto ou nos lábios, ou um tratamento profundo. A cor que o verão nos traz, fica-me bem. Sinto-me muito bonita com uma pele bronzeada.
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Qual a música que não pode faltar na hora de se arranjar?
C. Tangana, guitarra espanhola, guitarra portuguesa, Piaf, Caetano, várias músicas portuguesas – desde Ivandro a Ana Moura, das Rumbas ao Soul, há toda uma playlist, sou bastante eclética.
Neste editorial teve oportunidade de testar vários looks de Beleza. Que visual gostaria de experimentar na “vida real”?
Foi uma ótima experiência, porque há muito que queria perceber como ficaria com o cabelo curto. Para já não adotaria nenhum dos penteados, mas não descarto a possibilidade.
Há uma fragrância perfeita para cada momento ou é fiel a um só perfume?
Acho que há uma fragrância perfeita para cada ocasião. Fui fiel durante vários anos a muitos perfumes, mas acontece-me sempre uma coisa fantástica: sempre que me apaixono por um perfume ou produto de Beleza, são descontinuados.
Agora, por exemplo, quando estou com pouca energia, gosto de colocar um perfume específico que me faz sentir bem, dá-me um up. É uma fragrância muito intensa e muito doce, e é quase como se vestisse uma personagem diferente. Também gosto de o usar em saídas à noite. No dia a dia, já prefiro uma fragrância mais "neutra", não tão intrusiva. Um dos perfumes que usei por muito tempo foi o Mademoiselle da Chanel.
Qual o guilty pleasure que (quase) ninguém sabe?
Gosto da sensação de cumprir objetivos. Ou seja, de ter uma lista com coisas a fazer e ir riscando os feitos. Gosto também de acabar com os últimos produtos de um frasco ou recipiente – deve haver uma justificação psicológica para isto [risos].
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Qual o destino de sonho?
América do Norte e do Sul, nunca fui e quero muito ir. Quero muito conhecer o Brasil, Cuba, Argentina, México, tenho muita curiosidade. E, claro, os Estados Unidos: Los Angeles, Nova Iorque, Boston, quero explorar tudo.
E qual o favorito até hoje?
Gostei de tantos. O facto de nada ser igual a nada é o que torna o mundo um sítio tão especial para se estar. Adorei o Sri Lanka, foi uma viagem muito especial. Também gostei de algumas particularidades da Tanzânia, fiz safaris espetaculares, foi uma experiência única. E chegar às Maldivas também foi bestial, achei que estava a sonhar. Sem esquecer o Líbano, pela sua unicidade. Sou uma sortuda por ter oportunidade de viajar.
Falando de viagens, o que não pode faltar no nécessaire?
Protetor solar, creme hidratante, pasta de dentes, desodorizante.
Exercício físico: mantém uma rotina rigorosa ou “ouve” o corpo?
Mantenho uma rotina, treino pelo menos duas vezes por semana. Há semanas em que tenho epifanias e treino todos os dias, há momentos em que a agenda aperta e só consigo uma vez, mas não prescindo de ir treinar. É mais do que uma necessidade física, é mental.
Qual o treino favorito?
Treino de força, musculação. Treino mesmo a sério [risos]. Não gosto muito de aulas, gosto de estar "na minha". O ginásio é um momento só para mim.
Se fosse possível, o que traria do Alentejo para Lisboa?
A calma e a proximidade dos que mais amo. E o cheiro do campo.
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Qual foi o trabalho mais desafiante até hoje? Porquê?
O segundo trabalho em televisão, por uma questão de gestão de expetativas, não tanto pela personagem em si. Se hoje pegasse nessa personagem, fá-la-ia de uma forma completamente diferente.
É a primeira vez que a Isabela está a fazer teatro, com a peça "Trair e Coçar é Só Começar". As expectativas foram excedidas?
É a primeira vez, profissionalmente, mas na escola fiz muitas peças. A peça está a ser um sucesso abismal, está esgotada desde a sua estreia. As pessoas vibraram muito, riram muito, levantam-se no momento em que agradecemos e isso para mim tem um significado muito grande. É fazer a diferença na vida de alguém, fazer com que as pessoas se sintam conectadas connosco, e o teatro é muito isso. É, exatamente, o porquê de eu ser atriz.
Qual a personagem de cinema ou televisão que adorava interpretar?
Daquilo que está escrito àquilo que é feito, há o espaço criativo e de talento, pelo que estou condicionada desde já às interpretações fantásticas das seguintes personagens pelas seguintes actrizes: Susan Vance por Katharine Hepburn em “Bringing Up Baby”, Jasmine por Cate Blanchett em “Blue Jasmine”, Maria Elena por Penélope Cruz em “Vicky Cristina Barcelona” e mais umas dezenas.
E um papel que ainda não tenha sido feito para o qual gostava de ser convidada?
Gostaria de fazer a vida e obra de alguém, uma poetisa portuguesa, por exemplo. Interpretar Florbela Espanca é desafiante.
Projetos futuros?
Cinema, séries, novela, mais teatro e um negócio meu no meu sítio preferido. Vem aí uma novidade também para a Opto, "um segredo por revelar", como tenho dito nas minhas redes sociais. É uma personagem no mínimo inesperada [risos]. Eu nunca pensei fazer uma personagem deste género, foi um desafio e acho que as pessoas não estão à espera de me enquadrar naquele perfil.
Hollywood está no horizonte?
Of course, of course.
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