O limite de 100 mililitros por frasco para líquidos na bagagem de mão pode estar a caminho do fim. A ACI Europe, associação que representa mais de 500 aeroportos em 55 países europeus, está a pressionar a Comissão Europeia para abolir esta regra, em vigor desde 2006, bem conhecida de qualquer viajante – líquidos em frascos minúsculos, dentro de sacos transparentes – e responsável por inúmeras decisões difíceis em frente ao necessaire: levar a água micelar ou o sérum?

Em causa está a entrada em funcionamento de novos equipamentos de verificação – scanners de tomografia computorizada (CT) que já estão a ser usados em aeroportos como os de Munique, Roma, Frankfurt e Milão. A tecnologia permite detetar automaticamente líquidos perigosos, sem exigir que os passageiros retirem os frascos das malas ou passem por controlos adicionais.

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A medida já foi adotada no Reino Unido, que suspendeu a regra depois de implementar estes novos scanners. Mas, na União Europeia, o processo travou em setembro do ano passado, quando a Comissão Europeia determinou que os scanners ainda não cumpriam todos os critérios técnicos exigidos. Resultado: todos os aeroportos europeus que os tinham instalado foram obrigados a reaplicar a restrição dos 100 ml.

Agora, a ACI Europe enviou uma carta à Comissão dos Transportes da UE, apelando à validação oficial dos equipamentos e ao fim das limitações atuais. A associação alerta que manter estas regras no verão – época de maior tráfego aéreo – poderá causar atrasos e agravar os tempos de espera nos controlos.

Ainda não há uma decisão final, mas se Bruxelas der luz verde, o gesto automático de tirar frascos da mala e organizar líquidos em sacos transparentes poderá finalmente sair do guião da viagem e marca, assim, o fim de uma era de miniaturas e sacos zip-lock – e o início de uma nova fase nos aeroportos, mais rápida, cómoda e, quem sabe, com menos stress antes do embarque.