Ao longo dos anos habituámo-nos a ver a rainha Isabel II em vários fatos coloridos, numa vasta palete de cores, que iam do rosa ao roxo, passando pelo verde alface ou até o laranja, acompanhados por chapéus e jóias a condizer. “Eu nunca posso usar bege porque ninguém vai saber quem eu sou”, referiu a monarca a Robert Hardman, seu biógrafo real, explicando o motivo pelo qual sempre vestia cores vivas e alegres.

O cabelo grisalho e, posteriormente, platina, devidamente penteado, simétrico e curto, era outra das suas imagens de marca, mas o que poucos sabem é que Isabel, assim como a maioria das mulheres, tinha a sua vaidade pessoal e gostos específicos quanto a determinados produtos que usava frequentemente, ou hábitos que, certamente, lhe permitiram chegar aos 96 anos de idade com uma saúde sem problemas de maior.

#ÀFlorDaPele: 10 lições de estilo e Beleza que Isabel II nos deixou
créditos: Samuel Regan-AsanteUnsplash

Embora bastante debilitada no seu último ano de vida, a monarca sempre exibiu um estilo irrepreensível nas suas aparições públicas e terá, certamente, continuado a ser fiel aos seus gostos e produtos favoritos até ao seu último suspiro. Numa altura em que o mundo inteiro chora a sua partida, inspire-se na beleza discreta e espírito jovial da mulher com o maior reinado da história da monarquia britânica.

1. Não tinha medo de usar cor. Terá sido uma das lições de moda mais notórias que Isabel II nos deu ao longo das décadas… ou que o bege, o branco, o cinzento, ou o camel, não têm de ser o epíteto máximo da elegância. Se havia alguém que conjugava cores como ninguém, em tailleurs monocromáticos e que não passavam despercebidos, era Sua Majestade, sempre condizentes com chapéus floridos ou acompanhados de pormenores e apontamentos que, muitas vezes, passavam mensagens consoante as ocasiões em que se encontrava. Isabel II brincava com as cores divertindo-se – e divertindo-nos – com isso, num estilo sempre elegante. A prova viva de que até no mais alto cargo da nação se pode usar e abusar da cor sem medos.

2. Lábios pintados. A monarca não tinha por hábito maquilhar o rosto, mas o batom era algo do qual, geralmente, não prescindia. Usado com frequência, Isabel alternava entre os tons rosados – mais frequente – mas também encarnados. Os seus favoritos? 'Balmoral lipstick', da Clarins, assim apelidado por ter sido o batom usado aquando da sua coroação, em 1953, ou a tonalidade Fig, da linha Beautiful Color Moisturizing Lipstick, de Elizabeth Arden: uma fórmula cremosa, de alta pigmentação, à prova de manchas, com a duração de 12 horas , um batom conhecido por ser um dos seus eleitos. Para além disso, Isabel II era também conhecida por ser exímia na arte de pintar os lábios em público sem necessitar de espelho. Uma arte que nem todas dominamos!

3. Cabelo simétrico e natural. Com um corte de cabelo que pouco ou nada alterou ao longo dos anos, Isabel II gostava dele acima dos ombros e simétrico, de forma a garantir que independentemente do ângulo em que fosse fotografada ou vista, o seu cabelo seria sempre igual. Naturalmente encaracolado, a Rainha optou por deixar de o pintar com a tonalidade “Chocolate Kiss” a partir de 1990, assumindo os seus brancos, tendo passado de grisalha a platina em poucos meses. Durante os primeiros meses de pandemia, consta que era a monarca quem penteava o seu próprio cabelo e caracóis. Ian Carmichael (habitualmente sediado no salão Royston Blythe do hotel The Dorchester, em Londres) foi o seu cabeleireiro pessoal durante mais de 19 anos, visitando-a duas vezes por semana, para garantir que a monarca estava sempre impecavelmente penteada, e acompanhando-a em inúmeras visitas oficiais fora do Reino Unido. Em fevereiro de 2017, foi condecorado pela Rainha, no Palácio de Buckingham, pelos serviços prestados.

4. Usava o mesmo perfume há vários anos. A marca Floris foi a escolhida para subir ao altar com o Príncipe Philip, em 1947. O Eau de Toilette White Rose, com notas de rosa, jasmim, íris e cravo, era um dos seus favoritos desde esse momento tão marcante da vida da monarca.

5. Unhas discretas. Fiel aos produtos e às marcas de que gostava, era também devota de um discreto tom rosado da marca Essie, que usava há mais de 30 anos, baptizado de “Ballet Slippers” (sapatilhas de ballet). Consta que em 1989, o seu cabeleireiro pessoal fez um pedido de carregamento à marca, garantindo desta forma que Isabel nunca correria o risco de ficar sem a sua cor favorita.

6. Pele hidratada. Isabel era uma mulher sensata e contida no que ao seu regime e orçamento de skincare diz respeito, sendo conhecido que nenhuma marca de beleza excessivamente cara teria a aprovação do selo real. Durante muitos anos a Rainha usou produtos de preços acessíveis, como a marca britânica Cyclax, ou outro dos seus hidratantes favoritos, The Original Eight Hour Cream, da Elizabeth Arden, criado em 1930, com um custo médio de 25 libras. Este creme, em formato de bálsamo, continua a distinguir-se pela sua fórmula elogiada por milhões de clientes e editoras de beleza em todo o mundo, como um clássico nos cuidados para a pele.

Ainda na senda dos cuidados de hidratação, a Rainha gostava de hidratar as mãos com o creme Hands and Nail Treatment Cream, da marca Clarins, com uma fórmula enriquecida com óleo de gergelim e manteiga de karité.

7. Alimentação equilibrada. Isabel II fazia quatro refeições por dia, comendo pequenas porções de cada vez. A sua dieta era pobre em hidratos de carbono, com preferência por peixe grelhado ao almoço, acompanhado de espinafres e abóbora, ou frango grelhado e salada. O chá era outro dos itens de que não prescindia diariamente, assim como um copo de gin antes do almoço, ou uma taça de champanhe ao final do dia. Apenas no último ano a monarca tinha sido proibida de beber pelo seu staff médico.

8. Fã de chocolate preto. De acordo com o seu ex-chef, Darren McGrady, a Rainha adorava chocolate e o seu favorito era o chocolate negro, de preferência com 60% de cacau ou mais. Conhecido pelas suas propriedades antioxidantes, o chocolate negro reduz a tensão arterial e melhora a função vascular, algo que Isabel parecia apreciar.

9, Praticava constantemente atividade física. Não era adepta do exercício físico vigoroso, mas sim de caminhadas regulares pelos terrenos do Castelo de Windsor, ou do Palácio de Buckingham, sozinha ou acompanhada pela sua máquina fotográfica e pelos seus cães. Andar a cavalo era, também, outra das suas atividades favoritas, sendo bem conhecido do público a sua paixão por cavalos.

10. Tinha um sono de qualidade. A Rainha mantinha uma rigorosa rotina de sono, garantindo, diariamente, oito horas e meia de descanso, e deitando-se, normalmente, por volta das 23 horas. A sua rotina de sono era criteriosa – e uma necessidade absoluta – garantindo desta forma que acordava todas as manhãs revigorada e pronta para enfrentar o dia.

Esta mulher fantástica, que liderou uma nação durante 70 anos, viveu em dois séculos e foi, também, mulher, mãe e Rainha, deixou-nos recentemente, Mas o seu legado e nome ficarão para sempre como parte da história – assim como o seu estilo inconfundível. Long Live The Queen!

Mafalda Santos  fez das palavras profissão, tendo passado pelo jornalismo, assessoria de imprensa, marketing e media relations. Acredita em quebrar tabus e na educação para a diferença, temas que aborda duas vezes por mês, na Miranda, em #ÀFlorDaPele.

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