Há mais de um mês que assistimos ao massacre do povo ucraniano. As forças russas não cessam os ataques, intensificando e tornando cada vez mais violentos os mesmos a civis. No início desta guerra, muitos foram os gestos e manifestações solidárias por toda a Europa, mostrando o apoio à Ucrânia. A grande maioria das marcas juntaram-se à causa de forma ativa, através de doações monetárias e de bens, assim como a suspensão das atividades na Rússia e apoio público à Ucrânia e ao seu povo.

Embora tenham já passados muitos dias, é imperativo que não nos deixemos levar pela dormência e apatia relativamente às imagens de horror que vemos diariamente nos ecrãs das nossas televisões e telemóveis ou impressas nas primeiras páginas dos jornais. Os ucranianos continuam a necessitar da nossa ajuda e solidariedade, agora mais que nunca e, por isso mesmo, é também importante apoiar as marcas que o fazem em grande escala e com maior amplitude. A Miranda traz-lhe alguns desses exemplos.

Estée Lauder Companies

O grupo empresarial que reune mais de 25 marcas - como Estée Lauder, La Mer, MAC Cosmetics, Clinique ou Jo Malone - está a tomar para apoiar a Ucrânia. Em comunicado, o grupo quer garantir a segurança dos seus funcionários, com comunicação regular e com a oferta de apoio na relocação, ao mesmo tempo que tomou a decisão de suspender negócios com a Rússia.

Para além disso, a Estée Lauder doou um milhão de euros e planeia doar produtos para todos os que precisam. A ELC Good Works, programa de doações de caridade para os funcionários, irá duplicar as doações para várias organizações sem fins lucrativos de ajuda humanitária, durante todo o ano.

L’Oréal Groupe

A gigante francesa da Beleza comunicou no seu site oficial, que a sua principal prioridade é auxiliar os trabalhadores ucranianos da empresa e as respetivas famílias, através de apoio financeiro, médico, psicológico, legal e de alojamento.

Não se ficou por aqui e criou um plano humanitário com o apoio de ONGs, com o intuito de ajudar o número crescente de refugiados. Doou mais de cinco milhões de euros e, até à data, 250 mil produtos essenciais e de higiene, uma ação que planeia continuar nas próximas semanas. Por último, a L’Oréal tomou a decisão de fechar todas as lojas na Rússia e suspender todos os investimentos e e-commerce com o país, mantendo no entanto o apoio aos 2200 funcionários russos.

Beiersdorf

O grupo alemão detentor de marcas como a Nivea, La Prairie, Eucerin ou Labello, manifestou-se no seu site oficial, repudiando a invasão russa em território ucraniano. Em comunicado, reforçam a sua preocupação com os funcionários ucranianos e russos, aos quais disponibilizaram apoio financeiro e psicológico, reforçando que "esta guerra não é uma escolha do povo russo".

A Beiersdorf já doou dois milhões de euros à Cruz Vermelha Alemã e CARE Deutschland e.V.. Para além disto, no início de março suspendeu as vendas da marca de Beleza La Prairie e de produtos de bricolage Tesa na Rússia, esclarecendo que vai apenas manter o acesso a produtos de higiene básica ao povo russo.

LVMH, Chanel e Hèrmes

O setor de luxo não tardou a manifestar-se contra a guerra na Ucrânia, encerrando de imediato as suas lojas em território russo. A acrescentar a isto, o grupo LVMH, detentor de marcas como Louis Vuitton, Fendi, Givenchy e várias outras no setor da Beleza, joalharia e champagnes, doou numa primeira fase cinco milhões de euros à Cruz Vermelha para "ajudar direta e indiretamente, as vítimas do conflito". A gigante francesa fez ainda uma recolha de doações e forneceu apoio financeiro e económico aos seus funcionários, atingidos pelas consequências desta guerra.

Também a Chanel se manifestou contra o conflito armado na sua página de Instagram, referindo estar a dar apoio psicológico, financeiro e organizacional aos seus funcionários. A Maison francesa doou dois milhões de euros a duas organizações que trabalham diretamente com refugiados: a Care e a UNHCR-Un Refugee Agency.

Parfois

A marca portuguesa de acessórios não ficou indiferente a esta crise geopolítica e humanitária, unindo esforços para ajudar a Ucrânia. Com 8 lojas em território ucraniano, a prioridade da marca foi apoiar os seus parceiros e equipas em Kiev e Odessa. A empresa uniu esforços desde o primeiro momento para ajudar a comunidade, acompanhando as necessidades dos colaboradores e implementando iniciativas internas de recolha de bens.

Através da WeHelpUkraine (plataforma portuguesa) avançou com uma doação de bens, com envio de produto para ajuda nas regiões afetadas. Criada este ano, a plataforma portuguesa pretende ser um ponto unificador e de ligação entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar. Esta iniciativa conta já com a colaboração de várias organizações, como o Banco Alimentar e o IEFP, entre outros.

Apivita

A marca grega de Beleza natural juntou-se ao movimento em defesa da Ucrânia e suspendeu as suas vendas em território russo, com o seu site oficial fora de funcionamento.

GUTsy Captain Company

A GUTsy Captain Company lançou no mercado uma edição especial de kombucha, com o objetivo de desempenhar um papel ativo na ajuda ao povo ucraniano que está passar por esta crise humanitária. "All on Board for Ukraine" é o nome da edição especial, cujos lucros serão doados na sua totalidade à United Nations Crisis Relief – Ukraine Humanitarian Fund – OCHA.

The Female Company

Como forma de ajudar os refugiados ucranianos ao longo da fronteira do país, a marca doou 10 mil caixas de pensos higiénicos. Com a partilha do gesto, várias pessoas quiseram unir-se à ação solidária. Isto levou a The Female Company a criar uma secção de apoio à Ucrânia no seu site, onde permite aos clientes comprar os produtos a um preço de desconto e a marca encarrega-se de entregá-los semanalmente às pessoas que deles precisam.

Inditex, Mango e H&M

Como forma de protesto pela agressão russa na Ucrânia, várias marcas fecharam lojas e suspenderam todas as atividades com a Rússia. O grupo Inditex (ao qual pertencem marcas como a Zara, Massimo Dutti, Pull and Bear, Bershka Oysho), a Mango e a H&M, são algumas das empresas que tomaram esta medida.

A H&M comunicou, ainda, que fez doações de roupa e outros bens essenciais, bem como um donativo para fundações como a Save the Children e para a UNHCR, o alto comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Também a Mango anunciou que fez uma doação de 100 mil euros à rede humanitária Movimento Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.

Adidas, Nike e Puma

A Puma e a Nike cesaram as vendas online e entregas para a Rússia, sendo que a última encerrou também as lojas no país desde 3 de março. A Adidas anunciou a interrupção da sua parceria com a Federação Russa de Futebol, aderindo à iniciativa da FIFA e da UEFA, que suspenderam 'sine die' os clubes e seleções russas de todas as competições.

Tous

A marca espanhola de jóias e acessórios, também encerrou todas as suas lojas e suspendeu as vendas em território russo.