As pernas esguias, o rosto angular e o estilo excêntrico foram os ingredientes para Grace Jones se tornar um ícone de Moda — e de Beleza — na década de 70 do século passado. Ao trabalhar com Yves Saint Laurent, Kenzo e Azzedine Alaïa, tornou-se uma referência da época e foi, ainda, capa de revistas como a 'Elle', a 'Vogue' e a 'Playboy'. Iniciou o seu percurso musical em 1977, com o álbum 'Portfolio', dando início àquela que seria a carreira da sua vida.
Aos 18 anos, assinou um contrato com a Wilhelmina Models, em Nova Iorque, mas foi em Paris — onde vivia com a manequim e mulher de Mick Jagger, Jerry Hall — que despertou a atenção de alguns dos maiores estilistas e fotógrafos.
Grace Jones foi ainda uma das musas de Andy Warhol – o pintor e cineasta norte-americano que reinventou o movimento pop art nos EUA a retratou inúmeras vezes.
De cabelo curto, maquilhagem e outfits extravagantes, eventual chapéu ou cigarro na boca, foi uma figura emblemática na noite de Nova Iorque, marcando presença em diversos clubes da cidade que nunca dorme, mas mantendo sempre a sua preferência pelo Studio 54. Criou-se a imagem de um ícone na cena queer nova-iorquina, onde era admirada por Drag Queens e pela comunidade LGBT, pela sua ambivalência entre géneros e a sua constante quebra de tabus.
Na indústria musical, manteve a sua típica presença forte — que transportou das passerelles para os palcos — e os seus hits passam por sonoridades como o disco e a new wave dos anos 80 (apesar de se ter lançado com uma versão inovadora do clássico 'La Vie en Rose', de Edith Piaf, em 1977).
Até hoje, as suas atuações mantêm a irreverência, através de mudanças constantes de figurinos, passando pela interpretação de homens, mulheres, tribos ou, até mesmo, insetos: Grace Jones é a cool grandma que todos desejamos ter e que, com certeza, continuará a surpreender-nos através da sua arte.
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