Já todos sabemos que quando nos expomos ao sol há regras a cumprir. Ainda assim, atire a primeira bola de berlim quem nunca passou dos limites e sofreu as consequências na pele. E não, a solução não passa por cobrir a queimadura com maquilhagem, como nos 'ensinou' com Kim Kardashian esta semana, mas por uma série de cuidados em que a hidratação é chave, além do afastamento - temporário - da praia  (também devíamos ser obrigados a escrever 20 vezes num quadro 'não voltarei a apanhar um escaldão' mas este já é opcional).

Mas antes de tudo isto: será que sabe mesmo com quem está a lidar? Sim, de certeza que sabe que tem de usar protector e evitar o sol nas horas críticas, mas e mais? Porque é que os escaldões acontecem e quais as formas de evitá-los? Informação é sempre poder e, neste caso, sinónimo de pele saudável (e um verão mais feliz). O dermatologista Álvaro Moreira faz-nos a anatomia da dermatite solar (aka escaldão) e é bom estudar a lição antes de voltar a estender a toalha na praia. Vamos estar de olho em si.

Passo 1: conhecer os 'maus da fita'

"A primeira coisa em que penso quando penso em 'escaldão' é em explicar a diferença entre radiação ultravioleta A e B, que são coisas que lemos muitas vezes nos produtos de dermatocosmética. Os raios ultravioleta A penetram não só a camada mais superficial da pele (a epiderme), mas também a camada mais profunda (a derme). Este tipo de radiação é responsável pela produção de melanina e pela cor bronzeado com que se fica logo no primeiro dia de praia. Os raios UVB não alcançam camadas tão profundas da pele, não ultrapassando a epiderme, no entanto são responsáveis por aquele moreno que fica várias semanas na pele - e também pela maior parte dos escaldões. Este tipo de radiação provoca mutações no DNA das células da pele, o que pode levar a cancro da pele.

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No entanto, a radiação UVA também é prejudicial, porque é esta que leva à degradação de colagénio, o que está associado ao aparecimento de rugas e outros sinais de envelhecimento. Ou seja, é preciso usar protectores solares contra UVA e UVB.

Também existem raios UVC, mas estes são geralmente filtrados pela camada do ozono."

Passo 2: saber reconhecer o seu tipo de pele

"Outra coisa importante é cada pessoa conhecer o seu fototipo, isto é, a sua cor da pele de acordo com uma classificação numérica desenvolvida por Thomas Fitzpatrick, que foi um dermatologista americano muito conceituado. O fototipo varia entre tipo 1 e tipo 6 e corresponde com a probabilidade de se apanhar uma queimadura solar ou de se ficar bronzeado. O fototipo mais baixo pertence geralmente a pessoas ruivas (pensemos na Emma Stone). Já o fototipo 6 seria, por exemplo, a Lupita Nyong'o."

Passo 3: que coincidência, prevenção também rima com verão

Relativamente aos escaldões, a prevenção é sem dúvida o melhor tratamento. As regras básicas do dermatologista são:

  • evitar todo o tipo de radiação artificial (solários)
  • colocar protector solar 30 minutos antes da exposição ao sol
  • usar protector solar com factor de proteção pelo menos 30
  • evitar estar ao sol entre as 11 e as 15 horas (períodos de maior radiação)
  • dependendo do tipo de pele e outros problemas de saúde, não esquecer os óculos de sol, chapéus e roupas com protecção UV.

Passo 4: quando o mal está feito

Hidratação (de dentro para fora), cremes específicos refrescantes e um período de 'quarentena' são alguns dos cuidados a ter quando a pele grita por socorro. Mas o tratamento médico vai sempre depender do grau da dermatite solar. "Pode consistir em cremes com corticóide e aplicação de compressas húmidas até medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e corticóides de via oral nos casos mais graves."

Inclua este passo no seu ritual de Beleza!

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