Sou cada vez mais fã de procedimentos estéticos não invasivos ou minimamente invasivos. O único injetável que faço, desde os 48 anos (eu sei, cheguei tarde à festa), é o botox, que adoro e repito apenas uma vez por ano e de forma (cada vez mais) conservadora. Acredito no poder da medicina estética para recuperar e conservar a saúde e boa aparência da pele e, graças a esta profissão, tenho tido a oportunidade de testar os mais variados tratamentos em todos os cantos do mundo. #sorrynotsorry.
Toda a gente gosta de um quick fix com resultados imediatos, e eu não sou exceção. Sobretudo quando os procedimentos são caros, a expectativa é ver o investimento espelhado no rosto mal o equipamento se desliga. Dos lasers aos ultrassons, só tenho elogios a fazer à maioria dos protocolos que já testei. Alguns tratamentos requerem várias sessões para se verem resultados, outros são imediatos e duradouros. Foi o caso deste Hydrafacial que fui conhecer ao spa do hotel Tivoli Marina em Vilamoura.
O que é, afinal, o Hydrafacial?
Basicamente, é um tratamento de rosto de grau médico, não invasivo, feito com um equipamento especialmente desenvolvido para este efeito. O protocolo costuma ser realizado por dermatologistas ou terapeutas com a formação necessária e em spas autorizados, utilizando um dispositivo especializado, semelhante a uma "varinha", que combina três passos essenciais: limpeza, esfoliação e hidratação. Este tratamento pode ser personalizado mediante um diagnóstico prévio para atender às necessidades específicas de cada pele. O que experimentei incluía ainda a Terapia com Luz LED e drenagem linfática, promovendo desintoxicação, melhor circulação e firmeza.
A tecnologia Vortex-Fusion limpa, esfolia e nutre a pele com séruns hidratantes e antioxidantes. É ideal para reduzir linhas finas, rugas, marcas de acne e manchas, proporcionando uma pele mais luminosa e com um brilho espetacular. Apesar de haver a sensação de que possa estar a "agredir" a pele (sente-se a "raspar" e a "sugar" a pele), o tratamento é completamente indolor. O protocolo que realizei chama-se Tivoli Spa Signature Facial, combina o Hydrafacial com as luzes LED, inclui a aplicação de produtos Natura Bissé e tem a duração de 90 minutos.
O que acontece durante uma sessão de Hydrafacial?
Depois de um diagnóstico inicial, feito durante uma conversa com a terapeuta sobre as necessidades e objetivos, esta decide quais os séruns ou infusões que vai aplicar durante o tratamento. A dita "varinha", no processo de estimulação, esfoliação e "aspiração" da pele, vai libertando pequenas quantidades dos séruns eleitos que vão sendo absorvidos. Os primeiros movimentos são de limpeza e aplicação de um peeling suave, que ajuda a pele a libertar células mortas. De seguida, é feita uma completa drenagem linfática do rosto, enquanto a "varinha" realiza uma aspiração suave. Estes movimentos ajudam a definir os contornos e a reduzir o inchaço do rosto.
Em seguida, ocorre a extração e esfoliação, um passo bem satisfatório, pois parece que todas as imperfeições são suavemente "sugadas" pela máquina (no final, é possível ver o depósito com as células mortas e o sebo, o que pode ser mais ou menos impressionante, dependendo dos cuidados regulares com a pele). A terapia LED é utilizada na segunda metade do tratamento e potencia os efeitos que se pretendem obter, com luzes da cor apropriada. Por fim, é aplicada uma máscara da Natura Bissé para reforçar a hidratação, bem como um protetor solar, para garantir que não há reação adversa pela exposição ao sol.
Quem pode fazer e que efeitos pode ter – ou não ter?
O Hydrafacial é indicado para quem quer obter uma pele mais luminosa e um efeito glow, além de ajudar a disfarçar rugas, linhas, marcas de acne e manchas. Não deve ser realizado nas semanas seguintes a alguns procedimentos estéticos, como fillers ou toxina botulínica. Grávidas ou mães a amamentar também devem aguardar para fazer este tratamento. Apesar de não estar referida nenhuma contra-indicação específica, recomendo a utilização rigorosa de um SPF 50 nos dias e semanas seguintes ao tratamento, sobretudo em alturas de sol, praia e piscina. Aconselha-se também evitar, no próprio dia do tratamento, a aplicação de maquilhagem ou deixar escorrer água com champô ou condicionador no rosto, pois a pele estará extremamente permeável e recetiva a tudo de bom e de "mau". Saltar de seguida para uma piscina com cloro ou fazer uma full face make-up não são as melhores ideias no dia do tratamento. Por outro lado, surpreendentemente, diria que mesmo quem tem pele sensível ou reativa (que é o meu caso) pode fazer este tratamento com alguma tranquilidade.
Que resultados senti e vi na pele depois do Hydrafacial?
Confesso que, passados os 90 minutos de tratamento, quando a terapeuta me deu um espelho para ver a minha pele, fiquei literalmente em choque. Esperava ver zonas vermelhas e até inflamadas pelos movimentos de sucção da varinha e pela infusão do peeling (mesmo que suave) de ácidos. Zero. Estava zero irritada, apenas "corada" pela estimulação, e a pele irradiava luminosidade. Parecia que tinha dormido uma semana, feito yoga todos os dias, praticado a melhor alimentação de sempre e que a pele tinha sido "alisada", com rugas e vincos muito menos marcados. A sensação de hidratação e conforto era notória, assim como a de pele limpa. Esses efeitos duraram bastante, especialmente em termos de luminosidade, uniformidade da textura e sensação de frescura. No imediato, não notei diferença (a olho nu) nas manchas, mas isso pode ser devido ao facto de ter feito o tratamento em pleno verão. Com mais sessões, acredito que os resultados seriam mais evidentes.
Uma coisa é certa: no final deste tratamento, eu estava com o rosto pronto para ir desmaquilhada para qualquer passadeira vermelha ou, neste caso, para desfrutar das comodidades do hotel como uma rainha. E foi o que fiz.
O encantador Tivoli Marina Vilamoura
Apercebi-me durante esta estada que, a primeira vez que visitei esta unidade, já foi há mais de 25 anos. Já cá regressei por várias vezes e continua a ser um dos hotéis mais imponentes da região, não só pelo seu tamanho e localização privilegiada, mas por oferecer comodidades sempre alinhadas com as tendências de hotelaria e lifestyle. A vasta oferta gastronómica, distribuída em vários pontos do hotel, satisfaz todos os gostos e apetites, desde o Purobeach à beira da praia, com o seu menu centrado em peixe e mariscos frescos (e o apetecível beach club com um serviço de luxo aos toldos e espreguiçadeiras), passando pelo já icónico Pepper’s, uma steakhouse de fazer crescer água na boca, com um menu repleto de boas escolhas que farão qualquer carnívoro e apreciador de marisco e bons vinhos, babar. Incontornáveis são também o bar Argo, para cocktails exóticos e apreciadores de mixologia, e o fabuloso Glee, um café onde será muito difícil resistir aos doces e chocolates dignos dos mais exigentes conhecedores de alta pastelaria. Este ano, pude também ver – e mergulhar – na renovada piscina exterior, agora ainda mais bonita e convidativa para famílias e amigos, que se podem juntar nas zonas menos profundas da mesma.
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