A notícia caiu como uma bomba: o corte mullet é uma das próximas grandes tendências de cabelos. [pausa para reações dramáticas] É verdade, o corte de cabelo que até já teve uma música dedicada a ele não pelos melhores motivos, parece ter regressado do mundo dos penteados que julgávamos enterrados há muito tempo. E este foi o nosso erro interpretativo número 1: é que o mullet não é só um penteado - é um modo de vida.
Segundo Alan Henderson, autor de Mullet Madness!: The Haircut That's Business Up Front and a Party in the Back, hominídeos pré-históricos teriam criado o corte não por estética mas por necessidade. O mullet era uma forma de tirar os cabelos dos olhos e manter o pescoço aquecido. Fastforward para o século XIX, onde já acompanhados de casacos quentinhos que tornariam o mullet desnecessário, a palavra ganhou sinónimo de estúpido depois de Mark Twain ter usado a expressão "mullet-headed" quando Tom Sawyer se dirigiu aos seus tios em Huckleberry Finn.
Como é que trouxemos o mullet até ao momento presente ainda não se sabe, mas podemos agradecer a nomes como David Bowie, Mick Jagger e Beastie Boys, que fizeram com que o termo fosse registado no dicionário Oxford, pela música Mullet Head. É verdade: durante alguns períodos dos anos 80, 90 e, mais recentemente, início dos 2000 o mullet foi - espante-se - considerado cool (estamos a falar para ti, Matt Smith do The Real World na MTV). E olhando para estas próximas imagens podemos dizer que compreendemos o fascínio...?
Afinal, que outro penteado nos oferece a possibilidade de ser um 3 em 1, simultaneamente franja, bob e lob? Além de que, mais do que o cabelo certo, é preciso uma boa dose de atitude 'quero lá saber' para conseguir que funcione. Com o regresso dos anos 2000 anunciado há muito, e algumas das suas principais imagens de marca resgatadas, era só uma questão de tempo até 'perdermos a cabeça', desta vez de forma (quase) literal.
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