Os meus avós, maternos e paternos, tiveram hortas e, por isso, muitas vezes acompanhei-os, tendo usufruído de valentes sessões de tédio. Para uma criança, é um processo muito lento desde que se prepara o solo até se colherem os legumes, mas é impossível ficar indiferente àquela magia de ver o crescimento do dito legume desde que é semente até ficar com o aspecto que lhe conhecemos. Daí vem o respeito que tenho por essa profissão, dura e braçal, mas também altamente conhecedora dos segredos da natureza.
Não posso dizer que o trabalho do Dr. Ricardo Vila Nova seja tão braçal e duro como o de um agricultor, mas sem dúvida que é fascinante pensar no conhecimento científico que ele acumulou para hoje analisar os nossos fios de cabelo e ter a capacidade de os fazer (re)nascer em qualquer terreno capilar baldio. Já estou na minha segunda fase do tratamento na Hair Doctors, tendo passado a fazer uma sessão mensal de dermaroller, cujo objectivo é estimular o fluxo sanguíneo e, desta forma, reconstruir os folículos para que estes reactivem a produção de cabelos.
Mantenho a cada quinzena o tratamento da primeira fase com a pomada com acção anti-inflamatória e nutritiva e acrescentaram-se estas sessões. Confesso que na primeira fui surpreendido pela capacidade perfurante das agulhas, mas acho o método tão exótico que me entreguei por completo - vá lá, só têm 0,5mm, nem agulhas são! E com a massagem ao couro cabeludo feita pelo Bruno, enquanto paira no ar o perfume de eucalipto, tudo soa a divino e vamos muito bem embalados. Depois da passagem com o dermaroller, que nem um minuto dura, é aplicada uma fórmula líquida de peptídeos bioidênticos, uma solução manipulada em laboratório à base de elementos que tanto podem estimular o crescimento do cabelo como podem aumentar a sua durabilidade. Nesta fórmula está a alquimia toda do cientista e assim se dá a informação à células de que estão reunidas todas as condições para o cabelo crescer.
Confesso que quem nota mais a evolução deste tratamento são os meus amigos
Dizem-me que notam melhor a linha entre o cabelo e a testa. Eu, que todos os dias me vejo ao espelho, tenho mais dificuldade em notar as diferenças, mas sinto o cabelo mais encorpado e denso, como já tinha referido. Também acho que ao fim de três sessões ainda é cedo. Vou voltar ao Miguel, o meu cabeleireiro, este sábado e quero ver que comentários vão vir dali, do Sr. Cepticismo. Continuo a usar o champô e a proteína líquida em casa, pois há que garantir as condições capilares ideais todos os dias.
Já nem me imagino a usar outro champô, pelo facto de saber que é formulado a pensar nas características do meu cabelo
Em todas as sessões que tenho ido é-me aconselhado não lavar a cabeça nas 24 horas seguintes e assim tenho feito, embora já tenha acontecido esquecer-me, pois passo a água num gesto automatizado. Quando isso aconteceu, já não pus o champô e quis acreditar que o couro cabeludo ainda preservou um pouco da “magia” a que fora submetido na véspera.
Adorava acordar e pufffff ter novamente o cabelo todo. Mas a Natureza é mestra e, mesmo sendo manipulada, demora o seu tempo. Não podia estar mais encantado com a ciência por detrás destes métodos, que além de fazerem crescer cabelos conseguem torná-los mais fortes, mais brilhantes e cheios de vitalidade. Desde que comecei o tratamento tenho tirado fotografias para depois mostrar-vos, aqui na Miranda, o antes e o depois, o terreno baldio e a vegetação abundante. Têm dúvidas que o tricologista é o agricultor do século XXI? Eu tenho a certeza que todos nos vamos querer casar com um! Sigam esta minha experiência desde o início, aqui na Miranda.
Bruno Reis, colaborador da Miranda, é o fundador e director criativo da Teeorema, marca de luxo de t-shirts.
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