A primeira vez que ouvi falar de kombucha foi num daqueles vídeos "what I eat in a day" (em português, "o que como num dia") e fiquei logo com a pulga atrás da orelha. A promessa de uma bebida milagrosa encabeçada o título de quatro em cada cinco artigos. Ora, não há nada como experimentar, por isso, aventurei-me a experimentar esta bebida mas como cunho português: Aquela Kombucha.

Afinal, o que é o kombucha?

"Kombucha é chá fermentado. É chá verde ou preto (ou mistura de ambos) com açúcar, que fermenta com uma cultura simbiótica de bactérias e levedura. Nesta mistura é introduzida kombucha mãe que contém microrganismos, logo, está viva, e que se vai alimentar da taina e do açúcar e vai transformar este chá numa bebida gaseificada, ligeiramente avinagrada com um trago ácido". Quem nos explica é Maria Lima, a jovem portuguesa que é a mente de todo este projeto, e cuja pandemia lhe trocou as voltas, tendo que adaptar o negócio a um modelo mais direcionado para o online.

Aquela Kombucha
Aquela Kombucha Maria Lima, fundadora d'Aquela Kombucha créditos: @manuelmanso

Embora muito se fale sobre os benefícios (quase milagrosos) desta bebida, Maria Lima esclarece que "não existem ainda provas científicas que provem o mesmo", mas os estudos já começam a aparecer. Isto não impede que seja fácil de perceber a influência positiva da kombucha no nosso organismo, muito graças às vitaminas e propriedades antioxidantes.

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"A kombucha faz bem como qualquer outro fermentado natural, como o kéfir ou o kimchi. São alimentos que estão vivos e, que, por estarem dominados por microganismos, fazem bem à nossa flora intestinal", explica a fundadora d'Aquela Kombucha. E continua "o que acontece é que ao introduzirmos esta bebida que está viva no nosso organismo, ela ajuda-nos a fazer quase uma limpeza ao nosso intestino e ajuda a fazer um detox. Esta bebida não deve ser vista como remédio, mas como complemento a um estilo de vida saudável".  

N'Aquela Kombucha utilizam, sempre que possível, ingredientes de origem local, contudo existem ingredientes que não é possível como o açúcar ou o gengibre. O objetivo é criar um produto que mantém a autenticidade do processo, ou seja, manter uma fermentação tradicional.

A minha experiência com o kombucha

Como nunca tinha experimentado esta bebida, não sabia o que esperar. Desconfiada, confesso, comecei por experimentar o sabor Original d'Aquela Kombucha. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o pouco açúcar e ser mais gaseificado do que estava à espera. Viciada em água com gás como sou, fiquei logo feliz com a ideia e quando dei por mim, tinha bebido quase toda a garrafa de 250ml numa tarde de trabalho. É um sabor que não se descreve com facilidade, diria muito menos doce que uma cidra de maçã, mas ligeiramente mais ácido, quase como uma cerveja artesanal.

Kombucha
Kombucha Sabores d'Aquela Kombucha | Pack de três, € 7,50; Pack de 12, € 29

Seguiram-se os sabores de Hortelã e Gengibre. Confesso que achei que a Hortelã seria o meu sabor favorito, pois adoro a frescura da mesma e embora tenha sido igualmente viciante, continuo a preferir o Original. Já o segundo, é ideal para fãs de gengibre já que o seu sabor está bem presente. Segui o conselho da Maria Lima e fui bebendo conforme me apetecia. Sim, porque muitos pensam que existem "regras para beber kombucha".

É claro que não posso aferir nenhuma mudança radical no meu organismo em tão pouco tempo. Mas notei imediatamente algo muito simples: estava a beber líquidos. Sim, eu que tanto me esforço para beber o 1,5l de água por dia (e muitas vezes "esqueço"), estava a beber o chá fermentado de forma natural. Quanto à flora intestinal, pode não estar a 100% mas foi evidente que senti maior facilidade na digestão, o que é um descanso para quem sofre de refluxo gástrico que é o meu caso. Estou curiosa para perceber os benefícios a longo prazo e se os noto.

Pode encontrar Aquela Kombucha online e em vários pontos de venda pelo país que pode descobrir aqui.