Chegar a casa, ao fim do dia, desapertar o sutiã e atirá-lo para cima da cama. Era, assim, uma sensação de alívio. Digo "era" porque, hoje em dia, não uso sutiã. Pelas minhas contas já não coloco o meu peito num sutiã há uns bons sete anos. Decidi guardar o sutiã bem lá no fundo da gaveta.

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Esta decisão foi impulsionada pela falta de conforto que sempre encontrei nos sutiãs. No entanto, fazendo aqui um parêntesis, vejo os sutiãs mais desportivos e os que prezam pelo conforto em primeiro lugar como uma excelente e interessante opção. Adiante.

Para além da falta de conforto que encontrava nos sutiãs que usava na altura, a verdade é que nunca senti necessidade em usar um. E será que senti o peito mais descaído? Não, não senti. De acordo com a ginecologista Irina Ramilo, "não temos assim tanto tecido junto da grelha costal".

Por outro lado, segundo a especialista, não há qualquer estudo que suporte a teoria de que os tecidos à volta da mama se tornam mais frágeis pelo uso constante do sutiã. Em relação a quem tem o peito maior, este "deve ser suportado por um sutiã atendendo ao suporte da mama e ao apoio da coluna da mulher", diz.

Há uns anos, quando dizia que não usava sutiã, o mundo ficava em choque. Agora, sinto que há uma maior aceitação e uma menor estranheza. Acredito que esta mudança de opinião foi influenciada pela democratização do "não uso do sutiã". Miley Cyrus, Zoë Kravitz e Jennifer Aniston são algumas das celebridades que deixaram de lado o sutiã, normalizando, assim, o que já deveria ser normal.

E não é só mais uma tendência do momento. É uma escolha pessoal que só diz respeito a cada mulher. E, claro, não há certo e errado. Há quem prefira usar sutiã porque se sente mais cómoda e segura, mas há, por outro lado, quem, como eu, simplesmente prefere não o usar.