Quase volvido um ano desde a última vez que partilhei a minha rotina de cuidados de pele e estou pasmo com a radical substituição de quase todos os produtos que uso. Aprendi que é importante haver alguma rotatividade, já que a pele precisa de “beber” novas fórmulas o tempo todo, de maneira a ser surpreendida e suprida de todas as carências nutritivas.
Mas a maior mudança de todas foi ter assumido o retinol de uma vez por todas. Tive o empurrão maior para esse passo quando estive à conversa com a Joana Medeiros numa sala do ClubHouse que criámos sobre skincare, em que a mesma me recomendou algumas marcas, tendo sido peremptória quando afirmou que o retinol é o único ingrediente cientificamente provado que é capaz de reduzir rugas. A Joana é bioquímica e tem um conhecimento superior no que diz respeito a fórmulas, compostos e ingredientes usados na Cosmética, além de ainda acompanhar as novidades na indústria da Beleza. Por isso, tem sempre um rol de favoritos que recomenda por experiência própria, sem qualquer influência das marcas.
E foi assim que me iniciei no mundo maravilhoso e revitalizado dos retinóis. Como fazem parte da rotina de noite, falarei deles mais à frente, mas para já posso revelar qual o único passo em que não mexi. Não é surpresa nenhuma para quem me acompanha aqui há algum tempo, que o Niacinamide da The Ordinary foi o maior milagre que me aconteceu na pele. De um dia para o outro, vi os poros a fecharem-se e a oleosidade a sucumbir. E, para maior das surpresas, passadas algumas semanas, percebi que a dermatite seborreica extinguira-se também. Nem sinal dela. Vanished!
Partindo do início, a rotina começa no banho quando lavo o rosto com o gel de limpeza da CeraVe. Fora do banho, e já seco com toalha, tenho usado a loção suavizante para peles sensíveis da La Roche Posay. Tem textura de água, por isso sinto mesmo que a pele “bebe” esta loção e fica preparada para o resto. Antes do sérum bento, a.k.a. Niacinamide, comecei este mês a aplicar uma novidade para combater as pequenas manchas que ganhei acima das maçãs do rosto e na cana do nariz (a idade vai-nos pregando destas partidas!), que é o Glabridine, da Etat Pur. Na embalagem diz para se usar pelo menos durante um mês, por isso estou curioso para ver como vou estar no início de junho.
E é então que passo ao Vichy Minéral 89 Eyes, com textura de gel-creme, que aplico no contorno dos olhos. Enquanto este seca, é o momento para deixar actuar o Niacinamide. E após este, é quando ainda espalho bem uma gota do Flash de Beauté, da Galenic, no papo dos olhos. É um gel tensor, cuja função é esticar bem a pele. Se cumpre, não consegui ainda analisar…
Remato sempre com o protetor solar, que ainda é Heliocare, mas desta vez dei-me a oportunidade de experimentar uma fórmula à base de minerais, indicada para peles sensíveis, e que dá um pigmento ligeiramente esbranquiçado. Não me choca e continuo a adorar o efeito que ele imprime.
Quando chega a hora de dormir, “apenas” uso quatro produtos. O gel de limpeza é o mesmo e o anti-manchas também, mas nos olhos e no rosto é que está a novidade: o retinol, que também é vitamina A, é um ingrediente antioxidante, capaz de eliminar as células mortas e promover a produção de colagénio. O meu creme de olhos Dr Dennis Gross, além disto, ainda tem ácido ferúlico, que reforça a acção antioxidante, e partículas de mica, que são responsáveis por difundir a incidência da luz, suavizando a aparência das linhas finas. A pele fica como se fosse porcelana, não só no toque, mas também na aparência. Eu, que acordo todos os dias às 6 da manhã, sinto-me mais vivo por fora do que aquilo que realmente me sinto por dentro. Para o rosto, estou a usar o Retinol Reface da Indeed Labs, que além do ingrediente-maravilha, é rico em peptídeos, que suavizam a pele, melhoram-lhe a textura e regeneram-na.
Posto isto, só tenho uma questão: retinol, onde andaste este tempo todo?
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