Durante a adolescência, convivi bem de perto com o drama do acne. Dois tratamentos de isotretinoína depois, as borbulhas foram-se mas ficaram as manchas e cicatrizes. A isto, juntaram-se linhas de expressão prematuras que criaram a fórmula perfeita para pôr a testes o tão famoso (e apetecível) retinol. E assim o fiz.

Retinol: porquê e como deve introduzi-lo na sua rotina de cuidados de pele
Retinol: porquê e como deve introduzi-lo na sua rotina de cuidados de pele
Ver artigo

A vitamina A, outro nome pelo qual é conhecido o retinol, é um poderoso princípio ativo que atua em camadas superficiais e profundas da pele, a fim de reparar várias imperfeições. Rugas, linhas de expressão, manchas e cicatrizes, são o principal alvo, o que o torna tão idolatrado entre os amantes de Beleza. Apesar de todos os testemunhos incríveis que ouvimos pela internet afora, ouvimos também alguns casos em que corre menos bem, o que me deixou com algum receio de experimentar o ingrediente. O segredo? Muita cautela e calma.

Comecei por utilizar o sérum Retinol B3 da La Roche-Posay, uma vez por semana na rotina de noite, sempre acompanhado de um bom creme hidratante e apaziguante, que no meu caso foi o bálsamo Cicaplast B5 também da La Roche-Posay. Tendo a pele sensível e com tendência reativa, o meu principal receio eram os possíveis efeitos secundários, como irritação, ardor, vermelhidão, pele escamada. Para meu espanto, nada disto aconteceu. À terceira semana de utilização, dobrei a utilização para duas vezes: terça e quinta. Lembrando sempre a obrigatoriedade do protetor solar no dia seguinte (e todos, claro!). Não demorou para me render ao retinol.

Ao fim de quatro semanas, as foram diferenças bem visíveis. A primeira mudança que senti foi nas linhas de expressão, mais acentuadas nas zonas da testa, entre as sobrancelhas e "bigode chinês", que ficaram alisadas e mais preenchidas. Logo de seguida foi na textura da pele, que ficou também mais alisada e a tez mais luminosa. Quanto às manchas e cicatrizes, embora note já alguma melhoria, ainda cá estão, no entanto, é importante reforçar que não existem milagres e os resultados só se tornarão mais notórios com uma rotina e uso consistente.

Fui experimentar o tratamento facial de que todos falam e vim contar tudo
Fui experimentar o tratamento facial de que todos falam e vim contar tudo
Ver artigo

E porque nem tudo é um mar de rosas, chega parte que não devem repetir em casa. Ao fim de dois meses de utilização (no segundo, já a utilizar dia sim, dia não), empolguei-me e resolvi utilizar dois seguidos. Erro! Na manhã seguinte, acordei com a zona entre as sobrancelhas e no nariz a escamar e sensibilizada, o que requereu uma ação SOS. Suspendi o retinol uma semana, ataquei com uma boa camada de bálsamo apaziguante e reparador e máscaras nocturnas. Felizmente, tudo correu bem e a minha pele voltou ao normal, mas não deixei de tomar esta lição como um alerta para não repetirem a brincadeira.

Todavia, mesmo com este incidente, o balanço da minha primeira experiência com o retinol foi super positiva. Posso garantir que será uma constante na minha rotina de Beleza (excepto no verão), para manter atenuadas as linhas de expressão e textura irregular e, claro, continuar a combater as manchas e cicatrizes do acne.