Inscrever-se no ginásio e começar a treinar é um passo que requer motivação e força de vontade. Mas estas podem facilmente desaparecer quando não se começam a verificar resultados mesmo depois de largos meses e muito treino.

Acredita-se que quanto mais exercício físico se faz, mais rápido e mais resultados se terá, mas a verdade é que não é tão linear quanto isso. Existem vários fatores a ter em conta que podem "sabotar" a melhoria da sua condição física e que pode nem sempre são tão perceptíveis quanto isso. Como evitar que aconteça? Conhecê-los e mudar hábitos. Com a ajuda do Urban Sports Club, trazemos-lhe cinco fatores que podem estar a prejudicar o rendimento do treino e como criar uma rotina para tirar máximo partido do exercício físico.

Dormir pouco e não respeitar os períodos de descanso

O corpo precisa de tempo para recuperar e descansar. Uma boa noite de sono e respeitar os dias de descanso é a chave para realizar a a adaptação metabólica que os treinos promovem. Ao contrário do que se possa pensar, treinar todos os dias exercitando os mesmos grupos musculares e levando o corpo muito perto da exaustão vai provocar, a longo prazo, o desgaste da condição física e pode até aumentar o risco de lesões.

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Abdicar do aquecimento

Muitas vezes esquecidos por uma questão de tempo, de preguiça ou desconhecimento, são essenciais para uma prática desportiva segura e responsável, o aquecimento e o alongamento são parte fundamental do treino para conseguir o sucesso dos resultados. No caso do aquecimento, é importante que o corpo precisa de ser “avisado” antes de iniciar a atividade física e sair do estado de repouso. Enquanto que a execução de alongamentos no final do treino, ajuda na prevenção de lesões e dores musculares.

Sofia Bichão, fundadora do BBody Barre, explica que "é como querermos arrancar com o carro em quinta, chegará uma altura que o motor vai deixar de funcionar. O nosso corpo é a nossa casa, temos mesmo de respeitá-lo e isso implica, antes do treino, acordar as articulações e músculos que vão ser utilizados e nunca saltar os alongamentos ou mesmo tirar um dia para alongar. O corpo agradece, mas a cabeça também”.

Não seguir uma alimentação adequada

A comida que ingerimos é combustível para a nossa atividade física. É importante que tenha uma dieta adequada, quer nos alimentos ingeridos, como na quantidade indicada e ainda a proteína recomendada para o volume de treino de cada um, bem como para os seus objetivos. O mais indicado é recorrer a um nutricionista, que possa avaliar e recomendar aquelas que deverão ser as nossas escolhas alimentares tendo em conta o tipo de treino que fazemos.

"A alimentação é a base para que consigamos dar ao nosso corpo o que ele precisa para a atividade física, seja para prevenir lesões ou para alcançar determinado objetivo, como sendo aumento de massa muscular ou perda de massa gorda, por exemplo. Devemos, por isso, olhar para atividade física e alimentação numa perspetiva holística como um meio para alcançar saúde plena", explica Sofia Bichão.

Dar pouca atenção à técnica de execução dos exercícios

É certo que a carga é importante para ver resultados no treino, mas um erro muito frequente é querer apenas aumentar o peso com que se executam os exercícios ou a intensidade dos mesmos, ao invés de priorizar a técnica. Este é um hábito que compromete os resultados, mas que pode, acima de tudo, contribuir para muitas lesões. Treinar com uma postura certa e da forma correta vai permitir ativar as zonas e músculos que pretendemos trabalhar de forma eficaz e, assim, levar a melhores resultados e a um treino seguro.

Não manter uma rotina de treinos organizada

A verdadeira chave para ver resultados é a consistência. É importante garantir um número mínimo de treinos durante a semana e esforçar-se ao máximo para manter essa rotina. Atenção, não queremos dizer que se deve manter uma obsessão ou acreditar que por falhar um dia, compromete todo o rendimento mas agilizar essa rotina só trará benefícios. "De nada serve fazermos exercício todos os dias durante uma semana se vamos ficar outras duas semanas parados. A consistência é a chave", acrescenta Sofia Bichão.