Resposta: Nunca mais usar batom.

Não é fácil dizer adeus aos batons, que com uma simples pincelada nos animam os lábios, o look e o espírito, mas na eminência de passar o resto dos meus dias sem máscara de pestanas, então au revoir, o cor de rosa natural da minha boca é muito lindo e suficiente. Se há produto de beleza sem o qual não consigo imaginar-me é - a par do corretor de olheiras e do meu creme de rosto - a máscara de pestanas. Quem não for conhecedor do universo da cosmética e especial adepto da arte da maquilhagem, poderá interrogar-se sobre a necessidade de um produto que tem como função destacar algo que a maioria de nós já tem à nascença: pestanas. O batom, dirá a 'oposição', permite brincar com cores, aumentar ou diminuir o formato dos lábios, enviar mensagens conforme o nosso mood. "O que faz assim de tão especial a máscara de pestanas?", vão questionar, de sobrolho levantado, as defensoras do batom. Não se preocupem que eu respondo: tu-do.

Perdoem-me a entrada a pés juntos, mas sem a máscara de pestanas o batom irá assentar num rosto com pouca expressão, de olhar cabisbaixo e com um eyeliner ou uma sombra que - por muito bonitos - ficam lá, a flutuar no vazio, sem aquela camada de máscara a servir-lhe de suporte. Exagero? A máscara de pestanas está para a maquilhagem como o sal para a comida - sem a medida certa de tempero tudo fica sensaboroso e perde a graça. Num rosto maquilhado, a pele pode estar flawless, os lábios em evidência e as maçãs do rosto saudáveis e brilhantes, as sobrancelhas no ponto e um pouco de iluminador nos sítios estratégicos (já agora que estamos a terminar pode já passar o fixador em spray), mas sem a máscara de pestanas a fazer do olhar o sol para o qual todos os outros elementos orbitam, então nada feito. A máscara de pestanas - que já desde o antigo Egipto que se ouve falar dela, não fosse  Cleópatra conhecida pela sua vaidade, perdão, beleza - chega quase sempre no final da festa e faz todo o nosso 'trabalho' anterior finalmente brilhar. E depois, é muito dada a brincadeiras: dá ares de diva, e por isso requer ser manuseada com cuidado, pois uma só distracção pode arruinar tudo; deve ser aplicada de forma vigorosa, de um lado e para o outro, de cima para baixo, há até quem diga aos ziguezagues, dependendo do tipo de escova; funciona por camadas, muito sensíveis, e permite intensificar mais ou menos o olhar conforme as vezes que a aplicarmos; já existe em cores variadas, e até transparente ou elétrica. Ah, mais um pormenor interessante da máscara de pestanas é que funciona ainda melhor em conjunto, com o seu BFF, o revirador.

Mas para mim, aquilo que torna a máscara de pestanas a vencedora nesta pergunta perante os meus queridos batons é porque consegue fazer-me acreditar em magia de cada vez que a uso (e olhem que a uso muitas vezes). Não é que o seu formato seja deveras engenhoso ou os seus ingredientes obscuros, mas sim o facto de fazer com que os meus olhos se abram para o mundo a cada aplicação - e, na verdade, vice-versa. - PD

Resposta: Nunca mais usar máscara de pestanas.

Espero que nunca chegue o dia em que tenha de realmente ponderar esta questão de forma séria, porque verdade seja dita, consigo reconhecer a importância que a máscara de pestanas tem na minha vida, e na vida de tantas outras pessoas. É um dos primeiros produtos que compramos quando começamos a brincar com maquilhagem, e um elemento pelo qual damos logo falta se não estiver presente num look. É absolutamente indispensável.

Posto isto, se eu tivesse de viver, para sempre, sem um batom ou uma máscara de pestanas, teria de dizer adeus à máscara. Porquê? Porque o batom é provavelmente o único produto de maquilhagem que consegue dar um ar composto a uma cara lavada - é o cantor a solo, num palco cheio de backup singers. Claro que um look só com máscara funciona perfeitamente bem - é natural -, mas assumindo que queremos realmente dar o ar de que estamos a usar maquilhagem, de que nos esforçamos, a máscara não consegue fazer muito por nós.

Toda a gente sabe que, se quiseres ir à mercearia mas não estiveres no mood para perderes horas na maquilhagem, um batom colorido, cabelo apanhado e um par de óculos de sol fazem milagres. Se disser adeus à máscara, estou certamente a dizer adeus a um olhar mais acordado, mas dizer adeus ao batom significa dizer adeus à capacidade de vender esta ilusão de... put togetherness.

E sim, os batons dão-te imensa liberdade de expressão, para não mencionar a variedade de tons, texturas e acabamentos disponíveis por aí. Claro que hoje em dia temos acesso a mil e uma fórmulas de máscaras, mas será que alguém repara e reconhece que hoje levaste uma máscara diferente para o escritório? O batom, por outro lado, tem um leque enorme de variações que podes adaptar a diferentes looks e disposições.

Por fim, a versatilidade: um batom não é só um batom; com um bocadinho de jeito e habilidade para esbater, é um blush, uma sombra, e/ou um iluminador. Num cenário pós-apocalíptico, não consigo imaginar um produto de maquilhagem mais versátil que este. A máscara abre-te os olhos para o mundo, é certo, mas é o batom que garante a sobrevivência do estilo num planeta invadido por zombies. - M.C.