Por muito que seja senso comum, já percebemos que usar o termo "anti-idade" não nos serve de nada: ainda que a maioria olhe para o envelhecimento como um bicho de sete cabeças, é um processo natural, todos caminhamos para mais velhos e não há nada que o impeça. O verdadeiro foco da questão está em como conseguimos torná-lo mais suave, prazeroso... e lento? Para além de todos os nossos queridos aliados que tratam o exterior, não há nada que interfira mais no passar da idade (e no nosso aspecto) do que a nossa saúde. Só nos sentindo bem (e dormindo, comendo, exercitando e todas essas coisas que fazem parte de um qualquer plano de vida saudável) poderemos transparecê-lo na nossa aparência. A saúde sente-se na pele e é por isso que esta novidade científica pode vir a ser muito entusiasmante.
Um estudo desenvolvido pela Universidade de Leeds descobriu que se estimularmos o ouvido com pequenas correntes elétricas (são indolores e também conhecidas como 'tickling', uma espécie de cócegas) conseguimos equilibrar o sistema nervoso em pessoas com mais de 55 anos e ajudá-las a envelhecer de forma mais saudável. Os resultados, publicados no jornal Aging, sugerem melhorias psicológicas e de bem-estar, incluindo uma melhor disposição e um melhor sono.
Durante a investigação, 29 pessoas com mais de 55 anos receberam estas 'cócegas' no nervo vago - um nervo que percorre do cérebro até o abdómen enviando informação aos órgãos, influenciando a digestão e a pressão arterial, entre outros - durante 15 minutos por dia, por um período de 2 semanas. Aqueles que tinham mais dificuldade para adormecer ou que se sentiam 'desequilibrados' de alguma forma notaram diferenças positivas notórias e, segundo a autora do estudo, Dra. Beatrice Bretherton, estes resultados são apenas "a ponta do iceberg". Os planos são continuar a investigação sobre o efeito do tickling no nervo vago, que se vai tornando menos ativo com a idade, e perceber os seus efeitos a longo prazo em problemas mentais ou de coração. Corpo são, mente sã, pele feliz e radiosa.
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