Shirley Temple não perdeu tempo em mostrar ao mundo o seu talento. Nascida a 23 de abril de 1928, em Santa Mónica, estado da Califórnia, nos Estados Unidos, a pequena atriz passou toda a sua infância pelos corredores de Hollywood. A sua Beleza inocente e genuína, com ar de reguila, conquistou a América, que ainda hoje a vê como um símbolo do entretenimento familiar e um ícone de Hollywood na década de 1930.
A sua mãe desde cedo a encorajou nas danças, no canto e no teatro. O seu talento depressa chegou aos olhos dos produtores e, com apenas 3 anos, estreou-se no cinema com o filme ‘War Babies’. Dois anos depois, alcançou a fama internacional com ‘Stand Up and Cheer’, um filme projetado especificamente para os seus dotes de atriz, cantora e bailarina. Nesse mesmo ano, recebeu um Óscar juvenil em reconhecimento pela sua contribuição para a arte cinematográfica.
Aos poucos, tornou-se a estrela mais bem paga de Hollywood. A sua carismática personalidade de ‘mini-adulta’, juntamente com o seu talento nas mais variadas áreas da arte, valeram-lhe muitos filmes de grande êxito, como ‘Curly Top’ (1935) e ‘Heidi’ (1937). A pequena atriz ainda capitalizou a sua imagem com produtos que incluíam bonecas, roupas e pratos.
Shirley era conhecida como a “queridinha da América”. Numa altura em que o país saiu derrotado pela grande depressão, que persistiu ao longo da década de 1930, Temple trouxe alegria e otimismo aos americanos com a sua boa disposição e inocência, que tanto fazia rir o país. O 32º Presidente, Franklin D. Roosevelt, chegou mesmo a reconhecer a sua importância para a moral da América, declarando: “Enquanto o nosso país tiver Shirley Temple, ficaremos bem”.
Com a chegada da adolescência, a sua popularidade nas bilheteiras diminuiu e passou a ser contratada para papéis românticos em filmes como ‘Since You Went Away’ (1944) e ‘Fort Apache’ (1948) e, aos 22 anos, despede-se do cinema.
Durante a década de 50, teve uma breve passagem pela televisão, antes de decidir enveredar pela via diplomática. Em 1969, exerceu as funções de delegada das Nações Unidas, tendo sido também embaixadora dos EUA no Gana e na Checoslováquia.
Na Beleza, sem dúvida que se destaca o cabelo repleto de perfeitos caracóis aos cachos, que se tornaram um símbolo da sua imagem doce e inocente. Já na adolescência, o cabelo ondulado manteve-se, passando a evidenciar os lábios com batom laranja ou vermelho, e as maçãs do rosto com blush em tons de pêssego, típicos da época.
Shirley Temple deixou-nos aos 85 anos, vítima de uma doença pulmonar, deixando um legado na arte, com o seu incrível talento, o seu sorriso contagiante, a sua mentalidade precoce e, claro, os cachos tão característicos.
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