A única vez que tinha sentido o efeito nefasto de temperaturas baixas foi em Paris, há três anos, quando fazia zero graus. Tal era a secura da pele que, ao final do dia, quando me via ao espelho, tinha bem marcadas todas as expressões do rosto, sobretudo ao redor dos olhos.
Ninguém está preparado para estes acontecimentos. A luta contra o tempo é uma diligência diária, faz-se com uma dedicação extremosa e, de repente, ver tudo isso perdido e caído por terra é uma facada no coração. É ver a pele toda partida e ter de assumir que há a possibilidade de este ser um novo estado definitivo.
E se, por outro lado, há a possibilidade de apenas ser o frio, por outro, as marcas que vemos tão bem vincadas na pele, acreditamos que elas dificilmente serão apagadas. Mas tudo acabou bem. Bastou o regresso ao frio mais ameno e húmido de Lisboa e tudo voltou ao sítio. Ufff!…
Até ao dia de hoje… portanto… ou as temperaturas frias secam e marcam a pele (sendo que temos de dar uso a cremes mais ricos e hidratantes), ou então (e não quero admitir ainda essa hipótese) o meu depósito de colagénio no corpo diminuiu significativamente nos últimos tempos!
Seja qual for o veredicto, há sempre forma de minimizar os estragos. Eu que tinha eliminado o creme hidratante da minha rotina, tive de o resgatar imediatamente e passei a usar o Skin Repair, um creme reparador da Innoasthetics, que uma colega me emprestou aquando do episódio com a pomada Ketrell. Pelo menos já me deixa a pele confortável durante o dia, ao ponto de poder fazer uma ou outra careta básica sem que a mesma vá dormir comigo…
Pela manhã também adicionei mais dois séruns. Um para os olhos, o Absolue da Lancôme. Tem uma textura bastante leve, permitindo combinar com o creme DermAbsolu da Avène, este mais rico e hidratante, que se espalha com o aplicador metálico e refrescante. O outro sérum é para as manchas na pele, o Vinoperfect da Caudalie, e aplico imediatamente após enxugar o rosto.
Se, antigamente, as manchas do sol desapareciam todas no inverno, hoje em dia permanecem estoicamente e ficam a olhar para mim como se me conhecessem. Definitivamente, por estes lados, a capacidade de regeneração celular abrandou nos últimos anos e já não vê qualquer necessidade de se esforçar…
E sendo este tema da regeneração celular um assunto premente, foi depois de ler que os cremes Augustinus Bader foram criados com o intuito de ajudar na recuperação de queimaduras na pele, que quis imediatamente experimentar esta poção mágica. Comprando num dia pelo website, recebi o creme de 15 ml em menos de 24 horas em minha casa. Sendo que a marca afirma que também pode ser usado como creme de olhos, ignorei o preço e acreditei que seria um excelente investimento. Depois do choque que a minha pele apanhou com o ácido retinóico, este era o melhor descanso que lhe podia dar. E tendo acabado o produto em pleno inverno, gostava de voltar ao ácido retinóico, mas com acompanhamento médico.
Até lá, vou gastando o que ficou a meio da Vitamina C e de dois sérums antioxidantes da The Ordinary, que ficaram na gaveta esquecidos e que agora me regeneram – e aquecem! – a pele nestas noites frias de inverno.
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