A esfoliação química parece ter atraído as atenções de todos os amantes de Beleza e hoje é "o" assunto de conversa. Prometem-se milagres e há até quem diga que é o segredo para uma pele lisa, livre de poros e manchas, e iluminada. Se para uns é já um passo indispensável na rotina de cuidados faciais, para outros é ainda uma incógnita. Em que consiste? Como fazê-la? Que produtos? E qual a diferença entre a esfoliação física e a química?
Estivemos à conversa com Sara Fernandes, farmacêutica especialista em cosmética e criadora do blog Make Down, que nos explicou tudo sobre a esfoliação química e física, e como incorporá-la(s) na nossa rotina. Tire notas, porque este pode ser o segredo para uma pele de sonho.
Em que consiste a esfoliação química?
A esfoliação química é feita por moléculas chamadas ácidos, cujo pH é baixo e que quebram as ligações entre as células da camada mais superficial da pele, permitindo que as mesmas sejam removidas, através de esfoliação. Os grupos mais conhecidos destas moléculas são os alfa-hidroxiácidos, beta-hidroxiácidos e poli-hidroxiácidos.
Aqui importam maioritariamente três factores: o tamanho da molécula esfoliante, a sua afinidade para água ou óleo (sendo que as que têm afinidade para com o óleo penetram mais profundamente), e a percentagem na qual se encontram na formulação.
E a esfoliação física?
Já a esfoliação física consiste apenas na utilização de partículas abrasivas para "decapar" a camada mais superficial da pele, esfoliando-a.
Quais as principais diferenças entre uma e a outra?
As principais diferenças entre a esfoliação química e física são a suavidade e variedade da primeira, em comparação com a segunda. No caso da esfoliação química, conseguimos controlar as variáveis e adaptar a esfoliação ao tipo de pele e à condição da mesma. Já a esfoliação física é muito menos específica e muito mais abrasiva, na generalidade dos casos.
Quais os benefícios da esfoliação facial e com que frequência devemos fazê-lo?
Os principais benefícios são luminosidade e estimulação da renovação cutânea, tendo como benefício adicional uma melhor "absorção" dos restantes produtos de skincare. A frequência depende do produto e da própria pele. Diria que se deve começar sempre apenas uma vez por semana e ir incrementando. Numa pele sensível, não deverá ultrapassar as três vezes por semana, mas depende do produto.
Para que tipo de pele é indicada uma e outra?
A esfoliação química é indicada para todos os tipos de pele, embora adaptada. A física, pessoalmente, apenas aconselho a peles mais resistentes, uma vez que nem todas as peles a toleram, particularmente as mais sensíveis e com patologias como acne, rosácea, atopia, etc.
Quais os ingredientes que devemos procurar nos produtos e que garantem uma esfoliação segura?
Os ingredientes mais comuns encontrados em esfoliantes são os ácidos glicólico, láctico, salicílico e lactobiónico.
Comentários