Sabemos que, ao longo do ano, muitas vezes não damos a devida atenção aos cuidados alimentares, prática de exercício, hidratação e tantos outros cuidados que sabemos fundamentais. Mas agora que as temperaturas estão a aumentar, parece que de repente tudo acontece. Compramos tudo o que é cremes, tudo o que são massagens, na busca de corrigir o que eventualmente poderíamos ter feito como manutenção ao longo do ano. Mas as tarefas e a azáfama da vida são tantas que só agora nos lembramos.
Vamos então a isso e comecemos pela celulite. Praticamente todas as mulheres têm algum nível de celulite, mesmo as muito magras. Tem a ver com questões hormonais e os estrogénios que acabam por condicionar muito o sistema circulatório, causando em certas áreas do corpo alterações cutâneas e fibrosas, que se identificam à superfície da pele com uma textura não uniforme e homogénea.
Existem quatro tipos de celulite e para cada fase a forma de atuação deve ser adequada, para que a evolução seja a esperada. Vamos então conhecer os tipos de celulite e como os identificar:
Celulite GRAU I
- A celulite não é visível.
- Não sentimos dor ou desconforto.
- Fase onde se devem começar os cuidados preventivos.
Celulite GRAU II
- Neste grau, a celulite geralmente só é visível se apertada, mas em certas posições começa a evidenciar-se.
- Existe geralmente retenção de líquidos ou edema.
- Fase onde, para além dos cuidados preventivos, devem ser tomados cuidados de tratamento.
Celulite GRAU III
- A celulite é visível.
- Podem surgir pequenos nódulos.
- Textura da pele mais seca e áspera, geralmente sente-se a pele mais fria.
- Fase onde é fundamental fazer tratamentos para procurar reverter efeitos.
Celulite GRAU IV
- A celulite é visível, mesmo com certas roupas.
- Nódulos evidentes e associados à dor.
- Fase de crescimento muito acentuado da celulite e alastramento a outras áreas.
- Fase onde os cuidados de tratamento são fundamentais para procurar impedir o seu agravamento e questões de saúde.
Depois da celulite, queria também falar de outra questão com que me deparo muitas vezes em consulta: a flacidez da pele. Nas mulheres, há zonas mais sensíveis, como os braços, a coxa interna e em redor da zona umbilical (abdómen). São de facto as zonas onde mais atuamos para reverter e prevenir o agravamento da flacidez.
Para a flacidez cutânea, a nível nutricional há que reforçar a hidratação, aumentando a ingestão de líquidos e, muitas vezes, reforçar também a toma de alimentos ricos em ácidos gordos essenciais (ómega 3 e ómega 6), para além de alimentos ricos em proteína de qualidade. Sugiro as nozes, avelãs, sardinha, salmão, atum, claras de ovo e peito de frango. Claro que temos depois de individualizar alturas certas e doses certas, para que esta ingestão seja complementada com outros alimentos, enriquecendo o delicado balanço alimentar para uma saúde e resultados máximos.
No que toca à celulite, há muitas vezes que reforçar em alimentos anti-inflamatórios, como o gengibre, curcuma, brócolos, couve-flor, orégãos, além de hidratar o corpo com diferentes tipos de chá e um dos cuidados mais importantes: reduzir o consumo de álcool e de sal.
Depois do equilíbrio alimentar, recomendo muitas vezes também tecnologias para corrigir a pele e devolver-lhe toda a sua jovialidade, textura, definição e firmeza. Recorremos na Clínica a tecnologias como as ondas acústicas, e a dois tipos de radiofrequência para a celulite, e ajustamos o número de sessões conforme a celulite esteja mais ou menos avançada. Para a flacidez, a melhor combinação surge da tecnologia eletromagnética, correntes de kotz, e a radiofrequência, para reactivar músculo e tornar a pele muito mais firme, mesmo em zonas difíceis como nádegas, coxa interna e braços.
Felizmente já não necessitamos de deixar os efeitos do tempo tomarem conta do nosso corpo com celulite e flacidez. Ajuste alimentação, tipo e quantidade de líquidos que ingere, e potencie tudo isso com os avanços da tecnologia, para que este verão seja um sucesso.
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