No artigo que refiro acima, a nutricionista enumera que devemos dar prioridade a seis grupos alimentares que passam pelas especiarias, alimentos fermentados, chocolate negro, abacate, frutos secos e legumes de folha verde.
Já irei elencar a sua real importância, mas antes quero destacar que para podermos beneficiar de todas as suas propriedades, devemos começar por adoptar um estilo de vida saudável, onde hidratação, variedade alimentar, algum exercício e equilíbrio emocional, são a base para um cérebro da máxima eficiência. De nada serve comermos frutos secos e acharmos que é por aí que vamos melhorar a nossa saúde cerebral, sem primeiro termos bem implementados estes princípios.
Começar por adoptar hábitos de vida saudável é realmente o ponto de partida para uma boa saúde cerebral. Hidratar bem o corpo, através da ingestão de pelo menos 1 a 1,5 l de água, infusões ou chás, variar alimentos e grupos alimentares, para colher todos os seus benefícios nutricionais que se complementam, praticar exercício ligeiro e que ele possa fazer parte das nossas rotinas, é cada vez mais importante e desafiante nos dias que correm conseguir alcançar e manter um bom equilíbrio emocional, através de relações interpessoais gratificantes, hábitos de leitura e ajuste de 'mindset' positivo.
Só depois destes princípios correctamente implementados no nosso dia-a-dia conseguiremos, através de afinações alimentares, colher os seus totais benefícios e, de facto, valorizar a nossa saúde cerebral. Vamos então saber como alcançar este desafio, utilizando e reforçando alguns alimentos. Prepare-se para ter um cérebro a funcionar a 200%.
- 1) Especiarias
Para além de alterar sabores e paladares, as propriedades anti-oxidantes das especiarias ajudam e muito no combate aos radicais livres produzidos pelas células cerebrais. Algumas das especiarias a evidenciar são a curcuma e o açafrão, que através do seu papel anti-inflamatório combatem activamente a ansiedade e conseguem modelar a sua função no hipotálamo, protegendo-nos da depressão.
- 2) Alimentos fermentados
Os alimentados fermentados são alcançados quando se combinam lácteos, vegetais e outros alimentos crus, com micro-organismos como bactérias e leveduras. Alguns exemplos são o kefir, os iogurtes, a kombucha e tantos outros que, através das suas bactérias vivas, auxiliam e muito na boa saúde do intestino e, com isso, diminuem a ansiedade, melhoram a memória e abrandam o ritmo de envelhecimento cerebral.
- 3) Chocolate negro
Excelente fonte de ferro e de uma substância chamada teobromina, que interfere na produção de serotonina, a chamada hormona da felicidade. Está documentado que o seu consumo diminui a ansiedade e ajuda-nos a viver uma vida mais alegre, mas não esqueça que deve sempre preferir o chocolate negro, devido ao menor teor de açúcares e gorduras saturadas. Sempre em doses pequenas, deverá ainda assim ser o seu consumo.
- 4) Abacate
Os elevados níveis de magnésio são fundamentais para uma correcta função cerebral, e o abacate é riquíssimo neste mineral. Utilize em saladas, combine com ovos mexidos, esmague e prepare guacamole, enfim, utilize em função da sua imaginação e procure incluir o abacate na sua rotina alimentar. Importante referir que elevados níveis de magnésio estão associados a menores estados de depressão. Lembre-se que a banana é também uma excelente opção para quem não aprecia o abacate.
- 5) Frutos secos
Os frutos secos, como as nozes e a castanha-do-brasil, são muito ricos em ácidos gordos Omega-3 e Omega-6, produzindo um enorme efeito anti-inflamatório e anti-oxidante, tendo por isso um importante papel na memória e na rapidez de pensamento. Consuma em quantidades pequenas e vá alternando frutos secos, pois tendencialmente podem criar intolerâncias ou alergias alimentares.
- 6) Legumes de folha verde
As vitaminas E, carotenóides e flavenóides presentes nos legumes, protegem-nos da demência e do declínio cognitivo. Use em abundância este tipo de alimentos, em sopas ou saladas, e procure que estejam sempre presentes nas suas refeições principais. Espinafres, bróculos, couve galega, são alguns dos exemplos a reforçar.
A afinação da nossa alimentação deve ser sempre realizada com a ajuda do seu nutricionista, mas antes da afinação procure incluir hábitos de vida saudável e iniciar um programa de equilíbrio e diversidade alimentar. Esta deverá ser sempre a base de um cérebro saudável e nunca apenas o reforço de um ou outro alimento.
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