Ao aplicar no cabelo uma máscara, óleos ou ampolas de hidratação, seria tão mais fácil se, num estalar de dedos e ao fim de 10 minutos (para também não sermos muito exigentes), as promessas que constam da embalagem surtissem efeito. Mas isso provavelmente só em 3051, por isso, e até lá, vai-se tentando encontrar soluções e desenvolver a tecnologia dos produtos para que a hidratação e o tratamento sejam cada vez mais eficazes.
As toucas térmicas não fazem o trabalho sozinhas, mas podem ser um aliado. O calor que provocam relaxa a fibra capilar e abre as cutículas do fio de cabelo, de forma a que a máscara, o óleo ou a ampola penetrem melhor. De acordo com o cabeleireiro Miguel Teixeira, “é a melhor opção a ter em casa para potenciar o efeito do produto e dar aquele boost, uma vez que ter uma máquina daquelas de salão é caríssimo.”
Quando se lança uma procura por toucas térmicas, abre-se uma série de opções que vão desde as toucas de alumínio, passando pelas de isopor e plástico, até chegar às elétricas. Mas para se saber qual devemos levar para casa não é preciso uma grande ciência, isto porque, segundo Miguel, “é uma questão de gosto pessoal. (...) Gosto muito de usar as de alumínio, porque acho que aquecem mais depressa sem danificar a fibra, mas tem a ver com a forma como cada cabeleireiro e pessoa se adaptam melhor. O que a elétrica faz é aquecer mais de imediato, ao passo que as outras agem por aquecimento natural do próprio cabelo e ambiente. É só preciso ter cuidado para não levar a um aquecimento muito elevado, nem deixar muito tempo”, completa.
Os cuidados não se ficam por aqui e o hairstylist relembra que “o que conta é nunca colocar o produto de hidratação na raiz. É sempre no meio e nas pontas.” Esta é uma regra a seguir, independentemente de ser ou não adepta de toucas térmicas, para não criar oleosidade no couro cabeludo.
No entanto, com a evolução dos produtos, há quem a tenha atirado para dentro de um armário por considerar que o seu uso já não se justifica. “As moléculas de queratina e colagénio estão cada vez mais pequenas, para proporcionarem uma penetração maior na fibra do cabelo”, refere Miguel Teixeira mas, “ainda assim, se a utilização da touca for feita com cuidado, para não danificar, é sempre positivo.”
Mesmo que as máscaras já estejam preparadas para serem utilizadas, deixando de ser necessário usar uma touca térmica, numa altura em que as máscaras caseiras vão assumindo cada vez mais o seu lugar, estes acessórios relevam-se ótimos para sessões de hidratação DIY — faça você mesmo. Quer tenha cabelo seco ou oleoso, o uso da touca de alumínio, de isopor ou de plástico, ronda sempre os 20 minutos, enquanto o da touca elétrica anda à volta de 5 minutos.
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