Como muitas outras mulheres parisienses, Antónia Rosa revela as suas origens sem ter de dizer uma palavra: mostra uma confiança que não se consegue fingir, a descontração de quem tem tudo completamente sob controlo e a energia cool de quem faz o que gosta. Num antigo salão no coração de Lisboa, entre o barulho dos secadores e os passos de funcionárias atarefadas, falou connosco sobre o seu percurso pela moda portuguesa, a vida nos bastidores e as mulheres que a inspiram.

Como começou o seu percurso enquanto maquilhadora?

Tirei um curso de maquilhagem na Carita, em Paris, em 1987. Acabei a formação em 1988 e tive o prazer de conhecer um português, então vim para Portugal com 18 anos e pronto, tudo começou aqui. Quando cá cheguei comecei a sair à noite, e cheguei a abrir uma loja de discos, que foi a primeira loja de discos importados em Portugal. Entretanto comecei a trabalhar com os criadores todos - que não eram ninguém na altura, e que agora são muito conhecidos. Portanto crescemos todos juntos.

Conheceu-os à noite, em saídas?

Os primeiros foi à noite, e depois conheci o Paulo Gomes, que foi um dos mentores da ModaLisboa na altura. Depois comecei a fazer vídeos, desfiles, foi uma bola de neve de crescimento.

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Quando veio para cá começou logo a trabalhar em Moda, ou maquilhava clientes?

Comecei logo a fazer Moda. Acho que nunca tinha maquilhado ninguém conhecido, ou algo do género, não se fazia muito na altura. Só em Paris, quando maquilhava pessoas que já eram mais frequentadoras da marca onde me formei, porque ali eles contrataram-me logo ainda eu estava a estudar, por ser uma das melhores da turma. Mas aqui em Portugal comecei mesmo com Moda. O meu primeiro vídeo foi Pérolas a Porcos, da Inês Simões e Vítor Neto – [você] ainda não era nascida de certeza. Não comecei como as pessoas normais, o meu percurso podia ter sido assim mas não foi.

E porque é que decidiu estudar maquilhagem?

Uma pessoa quando chega a uma certa idade não sabe o que é que há-de fazer, é muito difícil achar qualquer coisa. E de repente eu estava com uns amigos meus e queríamos arranjar-nos para sair à noite, mas não tínhamos como. E eu via a minha mãe todos os dias a maquilhar-se, desde os meus sete anos que eu já sei que quero ser maquilhadora. Então comecei a pintar bocas com o que tínhamos, que não era nada, eram os produtos da Avon que íamos roubar aos tios e às tias e à minha mãe, e foi assim que comecei. Comecei a maquilhar e comecei a ganhar o 'bicho'. Inscrevi-me na escola da Carita, que é de estética, fundamentalmente, e comecei a maquilhar mais porque a estética não era para mim. A maquilhagem sempre foi o que eu mais gostei de fazer.

"Comecei a pintar bocas com o que tínhamos, que não era nada, eram os produtos da Avon que íamos roubar aos tios e às tias e à minha mãe, e foi assim que eu comecei."

E depois veio para cá, começou a trabalhar com os criadores, e depois veio a ModaLisboa.

Sim, passado uns aninhos de cá estar, aconteceu a primeira [edição]. E lá estava eu, sozinha, sem ninguém para me ajudar.

Pois, era isso que eu ia perguntar – a diferença entre a ModaLisboa de hoje e a ModaLisboa nesses tempos.

Agora é muito diferente. Muito. As coisas agora tornaram-se um bocadinho comerciais também, o que é normal, porque na altura não tínhamos sponsors, não tínhamos nada. Fazíamos por amor à camisola e com pouco material, que na altura não havia nada para comprar nas lojas, era terrível. Eu vim com alguma bagagem de França mas mesmo assim não tinha tudo. Impossível. Como há agora. Isto não existia.

Então o que é que eu fiz… maquilhei 120 pessoas sozinha. Cheguei a casa toda torta, acho que dormi dois dias seguidos depois. Dormi, dormi, descansei, descansei. Na altura trabalhávamos à noite a pintar as pestanas postiças que eu criava para poder ter pestanas de cor, inventávamos tudo. E foi aí que pensei “vou formar pessoas para me ajudarem nisto.” E pronto, começou assim a minha escola.

Como é que encontrava as pessoas? Ou elas encontravam-na a si?

Sim, é mais por aí. As pessoas começaram a gostar do meu trabalho, porque eu era mesmo diferente - já o que se usa agora, os iluminadores, eu fazia na altura. As pessoas achavam estranho. Mas os criadores aceitavam, claro, porque também eram diferentes. Tudo o que é estranho as pessoas não gostam, mas depois de verem várias vezes a mesma coisa já aceitam.

Gosta de ensinar?

Adoro. Nasci mesmo para isso. Nasci mais para ensinar que para maquilhar, tenho mesmo noção disso.

E as pessoas que aprendem consigo acabam depois por fazer parte da sua equipa?

Quando vejo que a pessoa tem mesmo a paixão, sim. Para mim é o mais importante, a paixão. O resto vem tudo. Quando vejo que querem ganhar dinheiro, oriento-os para uma loja, para outro trabalho. Os outros ficam comigo. Também é uma mais-valia, quantas mais pessoas criativas e com ideias tiver à minha volta, melhor. Por exemplo, na ModaLisboa, mesmo já tendo tudo estabelecido, os looks e tudo, há sempre alguém que dá uma ideia e às vezes penso “sim senhor, é mesmo isso”.

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Como é o processo de trabalhar com os criadores da ModaLisboa?

Com os 'grandes', tenho a sorte de já nos conhecermos desde o princípio. Os mais 'pequenos' já conhecem o meu trabalho, já é diferente. Veem o meu trabalho de uma maneira, às vezes adaptam-se a ele. Ou então dizem-me “Antónia, faz-me uma proposta”. Eu faço, porque vejo mais ou menos a linha deles, consigo perceber e tirar logo uma ideia dali, e ter uma proposta. Alguns dão carta branca, dizem-me “não tenho ideia nenhuma”, como aconteceu agora com Duarte, e eu arranjei uma imagem lindíssima e ela ficou muito contente. Com Nuno Gama, por exemplo, tive uma reunião já há 15 dias com ele porque são personagens, portanto tem de ser elaborado antes, fazer testes, ver se ele gosta, que é para na altura chegarmos e fazermos acontecer. Não pode haver enganos.

Onde encontra as ideias, se lhe derem carta branca?

Eu imponho limites, logo. Eu sei que eles gostam disto, disto e disto, e dentro deste limite faço uma proposta. Ou pego numa miúda, é só fazer uma maquilhagem, fotografo e mando. Porque já sei o que eles gostam, também.

Qual é o maior desafio, quando está nos bastidores da ModaLisboa?

São tantos… Acho que o maior desafio é mesmo ter a equipa sempre em boa onda. Esse é o maior desafio. São quatro dias, 40 pessoas numa sala, com pessoas a entrar e a sair constantemente e conseguir manter o nível de tranquilidade, em que as coisas correm bem, é muito difícil. Mas corre, porque tenho muita garra. Já os conheço, também, já sei quem é que é capaz de fazer isto, quem é que não é, portanto também mando o trabalho para as pessoas que eu sei que conseguem. Isso tudo dá-me tranquilidade, porque eu tenho imensa confiança neles.

"São quatro dias, 40 pessoas numa sala, com pessoas a entrar e a sair constantemente e conseguir manter o nível de tranquilidade, em que as coisas correm bem, é muito difícil."

Tem algum truque para manter sempre a boa onda no backstage?

Música. A música é muito importante porque faz com que as pessoas se envolvam mais no trabalho delas, não estão tão distraídas porque têm uma coisa que está sempre em cima então elas focam-se. Também faço imensa demonstração – logo aí são mínimos os enganos que podem acontecer. Logo aí também não há atritos. Agora, o maior atrito aqui é quando de repente há uma situação de stress. Mas como estou em cima vejo quando é que vai acontecer, já antevejo, já conheço a pessoa que vai fazer, já sei que vai acontecer. E minimizo. Mas são muitos anos, porque não há ninguém que consiga fazer isto.

Depois há sempre a modelo que chora, acontece sempre muita coisa e eu tenho garra para tudo. Falo com elas, puxo-as atrás, muitas vezes é o namorado, é o não sei quê, tento mesmo que não haja muita emoção, o mínimo possível, e quando eu vejo que há alguém que já não está a conseguir, que já está com as lágrimas nos olhos, que acontece porque as pessoas ficam com dúvidas acerca delas mesmas, eu ponho-as de novo na minha cadeira, mostro como é que se faz, dou tranquilidade. É muito importante. Música, tranquilidade, calma, no stress. É o que eu tento transmitir e normalmente corre bem.

Quando faz a demonstração, é a primeira vez que a equipa vê o look, ou costumam praticar antes?

Há sempre uns mais disponíveis que outros. Os profissionais eu deixo-os e fazem na altura, porque sei que são muito bons e não precisam de estar a ser 'massacrados'. Agora os alunos sim, 'massacro-os' um bocado antes, mostro-lhes os looks todos para eles terem bem na ideia. Se há algum mais difícil de fazer, dou-lhes algumas dicas, são truques que eu vou dando. Na altura não se lembram, então passo na cadeira deles e digo-lhes outra vez “é assim que tu vais fazer”. Funciona mais ou menos assim.

Então os seus alunos já fazem ModaLisboa consigo?

É um estágio de quatro dias comigo em backstage, e depois é aí que se faz a triagem. Porque há alguns que não aguentam. Muita gente diz “isto não é para mim”, então fazem mais domicílio, noivas, catálogos, alguma coisa mais quiet. Tenho muita gente que socialmente não se consegue inserir tão bem, e cada vez mais; isso assusta-me um bocado por acaso. As pessoas não conseguem estar num backstage onde há milhares de pessoas a entrar e a sair e estarem focadas na cadeira delas, não conseguem.

Como é que é um dia normal na sua vida?

Faço todos os dias três horas de desporto de manhã, outdoor, e corro com as minhas cadelas. Elas são de caça, tenho quatro e são muito energéticas. Por isso todos os dias tem de haver esse trabalho com elas e que eu faço, para mim e para elas ao mesmo tempo. Assim a casa está muito mais tranquila.

Depois venho trabalhar para o atelier, e o que mais gosto de fazer é inventar coisas. Inventar looks, desenhar, e criar as minhas próprias cores. Porque eu tirei cursos lá fora e agora sei mesmo como é que se fabricam as coisas com o mínimo de químicos. Tudo o que eu faço é biológico.

Que tipo de produtos faz?

Sombras, corretores, batons, blushes, tudo. Ainda não consegui fazer bem é a máscara, falta-me um ingrediente ali que vou ter de voltar lá para eles me ensinarem como se faz outra vez. Mas pronto, faço tudo. É fácil.

Onde é que aprendeu?

Aprendi em Paris. São workshops mesmo para isso que agora se fazem muito; é uma loja que tem agregado um atelier, e eles têm tudo instalado para cinco alunos. Ficamos lá dois, três dias porque aquilo são vários módulos. Então estou ali o dia todo a aprender.

E os ingredientes são fáceis de comprar?

Sim, consigo tudo. Como sou francesa e mesmo lá de Paris, eu sei onde estão as coisas todas. E é muito fácil, porque são pós que vêm do Brasil, são micas, e é preciso saber só misturar. E eu adoro fazer isso, amo.

Até agora, quais foram os momentos mais marcantes da sua carreira?

Tantos… Se calhar, o momento mais marcante da minha carreira foi a primeira vez que eu maquilhei. E trabalhava com a Inês Gonçalves, que é fotógrafa, e não sabia quem era na altura, não nos conhecíamos. Eu maquilhei e ela olhou e disse assim “quem foi que maquilhou?” e eu, com 18 anos, 17, disse que tinha sido eu. E ela disse “muito bem. Foi o melhor trabalho que vi na minha vida”. E pronto, isto marcou-me muito. Porque foi a primeira coisa que fiz na vida, e uma pessoa muito importante e com muito bom gosto disse isso. Não sei, se não tivesse acontecido isso se calhar ia para outra coisa, porque eu tinha tanta facilidade em fazer tanta coisa, mas aí pensei “ok, é isto que quero fazer”.

Lembro-me muito bem da situação que foi. Sei que estava a tremer-me toda porque era a primeira vez que maquilhava pessoas, modelos, diferentes daquilo a que estava habituada na escola. Foi muito bom. Isso indicou mesmo o que eu queria fazer na vida. É incrível. Uma palavra, uma frase, faz-nos mudar a nossa vida toda.

"Se calhar, o momento mais marcante da minha carreira foi a primeira vez que eu maquilhei."

Há algum maquilhador que a inspira?

Sim, tantos. Gosto muito do Stéphane Marais. Eu posso dizer mesmo que o Stéphane Marais foi uma das pessoas que mais me inspirou. Eu via o trabalho dele e pensava "é isso que eu quero". É uma maquilhagem muito artsy, por exemplo, ele faz duas sobrancelhas. E é estranho, mas quando uma pessoa olha faz todo o sentido. Faz lembrar os anos 20, e eu tenho muita cultura disso também. Eu funciono por décadas e o trabalho dele é baseado nos anos 20 e 30, que foram anos maravilhosos para a maquilhagem.

O Topolino é outro maquilhador da altura dos anos 90 que fez uma exposição em Paris que eu fui ver e até chorei. Era tão bonito, tão diferente, adoro o trabalho dele também. Ele ainda está vivo e já trabalhei com ele. No dia em que trabalhei com ele disse-lhe “sabes que és uma das pessoas que mais me influenciou?” e ele viu o meu trabalho todo e adorou também. E disse “pá, nós somos da mesma fornalha”, e é verdade. Somos todos dos anos 90, que foi o princípio de tudo, não existia nada e nós fizemos muita coisa na altura.

Neste momento gosto muito do Peter Philips, acho que é um grande maquilhador. Adoro o que ele faz para a Dior, acho que é maravilhoso. A Pat McGrath também é incontornável. Também gosto imenso do Serge Lutens, que era um grande maquilhador.

Existe algum filme em particular que seja uma grande referência para si?

O filme de que mais gosto e que mais me influenciou foi um com a Catherine Deneuve, o Belle de Jour. Nós íamos vê-lo à Cinemateca quando fazia ciclos de grandes filmes franceses. E todos os filmes italianos da época, do Fellini. Foi um dos que fez filmes que a nível visual mais revolucionaram a Europa. A Europa foi mesmo influenciada por eles.

Como é que as redes sociais a têm vindo a influenciar enquanto maquilhadora?

Influenciam e muito. Tens acesso a imagens que antigamente tinhas de fazer outro tipo de pesquisa para encontrar. Tinhas de comprar livros, ir às livrarias, aos museus, procurar, procurar. Agora é só pesquisar e já está. Que é o avanço de uma semana, porque antigamente para fazer um look eu ia aos sítios e demorava uma semana até ter a inspiração. Hoje em dia é muito diferente, é imediato.

Como é que encontrou o seu estilo?

Eu acho que sempre fui assim como sou, sempre fui diferente e procurei fazer coisas diferentes. Lembro-me que o primeiro ano em que estive aqui a maquilhar fui bastante arrasada porque usava muito cores com gloss, misturava o gloss nas cores e depois punha nos olhos. E as pessoas achavam horrível. Agora usa-se fazer isso. Mas eu sempre pensei assim: se as pessoas em geral não gostam, é porque o meu trabalho é bom.

Uma coisa que ainda não fez na sua carreira e que quer fazer.

Agora vou ser tatuadora, vou tirar um curso.

Sempre quis fazer isso?

Sim, sempre.

De certa forma, é parecido com a maquilhagem.

É. Foi um bocado assim: eu aprendi a tatuar ao longo da minha vida porque sempre tive amigos tatuadores, e eu pedia a máquina emprestada e fazia. E sempre achei fácil de fazer. Mas há pessoas que me têm vindo a pedir que lhes faça tatuagens, e essas ficam para a vida toda, enquanto a minha maquilhagem é efémera. Então comecei a pensar nisso. Mas também vai ser muito particular, não vou começar a fazer enchimentos de desenhos japoneses e não sei quê. Quero uma coisa muito pontual, muito coquette, coisas que têm a ver comigo e com a nossa cultura. Acho isso muito importante, haver mais gente como eu a fazer força para isso.

Acha que a cultura parisiense influenciou de alguma forma a sua vocação?

Sim, muito. A minha mãe maquilhava-se horrores, demasiado mesmo. Todos os dias usava pestana postiça e batom vermelho, sempre. Acho que nunca vi a minha mãe desmaquilhada, nunca.
Via a minha mãe e as minhas tias a maquilharem-se na época disco, com os stilettos, e eu vivia muito isso. Era moda naquela altura e eu também queria.

Hoje em dia sou maquilhadora porque vi as mulheres da minha família a arranjarem-se todos os dias. E a transformarem-se, numa altura em que havia muitos poucos materiais. Mas elas faziam, usavam fruta para fazer batom, se não tinham meias desenhavam a risca das meias, era maravilhoso. Eu tenho esta paixão por causa da minha mãe, tenho muita consciência disso.

"Hoje em dia sou maquilhadora porque vi as mulheres da minha família a arranjarem-se todos os dias."

Se pudesse maquilhar qualquer pessoa no mundo, quem escolheria?

Não sei, há muitas. Gostava de maquilhar a Brigitte Bardot, acho que é uma mulher icónica para mim, é uma das mulheres mais bonitas que já vi. E ao vivo ainda é mais bonita. A Catherine Deneuve, também adorava. Eu vi-a várias vezes quando trabalhava na Carita, porque ela estava lá e só usava essa marca, e era maquilhada lá também. Nunca cheguei a maquilhá-la, mas era mesmo aquele sonho que tinha quando tinha 18 anos.

Mas eu não quero maquilhar aquela mulher; eu quero maquilhar uma mulher. Uma grande mulher. Pode ser muito bonita ou até pode ser feia. Desde que saiba interpretar o meu trabalho, que isso é que é importante. Porque eu não sou muito deslumbrada com essas coisas. Eu vou maquilhar pessoas muito conhecidas e nem sei quem são. Eu e a Helena [Vaz Pereira] fomos contratadas para maquilhar a Julianna Margulies, da série The Good Wife, e nós chegámos lá, eu e a Helena, e não sabíamos quem íamos maquilhar. Era top secret. Chegamos lá, entramos no quarto dela, maquilhamo-la, penteamo-la, e ela adorou, levantou-se, deu-me beijos, abraçou-me, e eu assim “mas quem será esta pessoa?”. E quando saímos é que percebemos.

E somos assim, nós é de mulheres. Da mulher. A mulher que se senta na minha cadeira é rainha. Eu vou pô-la o mais bonita possível, como ela gosta de se ver. Para mim, é esse o desafio.

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