A conta de Instagram de Matt Bernstein está longe de ser "só mais uma" no universo do influencing de Beleza. Para quem achava que o poder da maquilhagem se reduzia a um esfumado bonito ou um batom vermelho, está enganado, e a prova disso é o trabalho deste makeup artist e fotógrafo. Matt cria os seus looks em torno de problemáticas sociais e políticas, como os direitos da comunidade LGBT+, igualdade de géneros, racismo e agora, sobre a pandemia mundial que estamos a viver.
Com 21 anos, o jovem norte-americano diz tudo na Bio do seu Instagram: "beauty but make it political", em português, "Beleza, mas torna-a política". Para além dos looks de maquilhagem coloridos e cheios de técnica de Matt, o seu foco são as mensagens escritas na própria pele, dedicadas às minorias muitas vezes esquecidas ou maltratadas pela sociedade. O fotógrafo fala abertamente sobre o facto de ser queer, ou seja, um guarda-chuva onde estão pessoas que não se definem como heterossexuais, seja pela opção sexual ou amorosa ou pelo seu género. O que faz com que o mesmo partilha também as suas experiências pessoais.
Em entrevista à Dazed, Matt Bernstein conta que a sua paixão pela Beleza nasceu no secundário, quando as amigas lhe apresentaram o eyeliner e o glitter. A viver em Nova Iorque, a maquilhagem é a ferramenta de comunicação do norte-americano. "Uso a maquilhagem para gerar conversação sobre temas politico-sociais relacionados com género, sexualidade, saúde pública e violência", explica o makeup artist. "Estas são problemáticas que preocupam os jovens mas não lhe são dadas as ferramentas certas para promoverem a discussão, nem na escola, nem os media tradicionais", continua Matt, "por isso é que eu tento através da Beleza e cores, tornar estes tópicos mais complicados, acessíveis a todas as pessoas".
Quando questionado sobre o futuro da Beleza, o influencer acredita que será mais "queer e não heteronormativo. Será artístico, pessoal, expressivo e livre de julgamentos". Matt Bernstein lembra ainda a importância de votar, "É o maior poder democrático que temos!", remata.
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