A segunda parte da temporada 7 de Botched está de volta ao Canal E! Os drs. Paul Nassif e Terry Dubrow regressam com histórias de intervenções que não podiam ter corrido pior e que, graças à sua ação conjunta, transformam verdadeiras histórias de terror em contos com um final (mais) feliz.
Em exclusivo para a Miranda, o cirurgião maxilo-facial, dr Paul Nassif partilhou connosco a sua visão sobre a recente evolução da cirurgia estética, os efeitos da pandemia e também sobre o regresso da naturalidade ao rosto das pessoas. A estreia do final da temporada 7 acontece dia 10 de abril às 20h (com a emissão regular aos domingos, às 20h).
Diz-se que a pandemia fez disparar o aumento em cirurgia estética e fillers? Observou isso na sua prática? Em que procedimentos viu um aumento de procura e porquê.
Sim, absolutamente, tivemos um grande crescimento em botox, fillers, tratamentos de spa, tratamentos faciais e também muita cirurgia facial, especialmente ao pescoço devido ao tech-neck. Também vemos muitas blefaroplastias [rejuvenescimento da pálpebra].
O botched que mais acontece continua a ser nas mamoplastias?
Não tenho a certeza se ainda será a número um mas, se continuar a ser o procedimento mais requisitado no mundo, então deve ser a que terá mais complicações também, pela lógica.
Há cerca de 3 anos, numa entrevista no programa do Larry King, o Dr Nassif disse que “em 3 a 5 anos talvez não vejamos tanto a faca a ser usada”. Confirma-se esta tendência?
Talvez não tanto nos fillers mas em tecnologia como os lasers são mais eficientes, estamos a ver que estão cada vez melhores. Na realidade os números de cirurgias continuam muito altos. Por exemplo, estou a fazer muitos liftings de rosto e de pálpebra, não posso dizer que estamos a usar menos a faca.
E a evolução de outras tecnologias, beneficia também a cirurgia estética?
Sim, sem dúvida. Quando uma lipoaspiração é feita ao corpo, por exemplo, equipamentos como o Renuvion que é radiofrequência, ajudam a pele a recuperar firmeza, especialmente se for feito imediatamente a seguir.
A chamada dismorfia das selfies, em que as pessoas querem ficar parecidas com os filtros que usam nas redes sociais, continua a acontecer?
Ainda está a acontecer e, na verdade estão a fazê-lo até em demasia. Estão a usar muitos filtros e, quando chegam ao nosso consultório, são pessoas totalmente diferentes e pedem-nos para ficar parecidas aos filtros que usam mas não é realístico. Por isso é uma situação que continua a acontecer e até é pior.
Temos visto uma adesão de muitas celebridades a uma maior naturalidade no visual, assumindo os cabelos brancos, o rosto sem maquilhagem. Se isto se tornar numa tendência maior, acha que podem um dia ficar sem emprego?
Eu gosto disso, que as pessoas estejam a assumir coisas mais naturais e que gostem de aparecer de forma mais natural. Acontece é que há sempre que os dois lados da moeda.
O que é que nos pode dizer desta próxima temporada? Faça-nos um spoiler do que não podemos perder.
Então será o episódio da médica a quem foi aplicado silicone não regulamentado na face e isso arruinou a vida dela.
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