Nasceu com o mesmo objetivo que mantém até hoje: uma produção sustentável e de qualidade. “Não queríamos conservantes, não queríamos embalagens, e pouco a pouco temos vindo a trabalhar nesse sentido. Deveríamos ser um exemplo a seguir por outras empresas, porque a Lush está a fazer as coisas bem, uma e outra vez. Com tenacidade e ousadia, nem sempre com os resultados esperados, mas sempre com coragem”, refere Mark Constantine, cofundador e criador da Lush. A marca de cosmética natural, feita à mão e cruelty-free foi evoluindo e, ao longo destes 25 anos, destacou-se pelas ações pioneiras de proteção ambiental, salvaguardando também os direitos humanos e dos animais. Mas como?

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Comecemos por recuar até 2007 quando a Lush desenvolveu o icónico Charity Pot – uma loção para as mãos e corpo. Não foi só mais um creme, mas, sim, um hidratante cujo valor é doado na sua totalidade para financiar projetos socioambientais, sobretudo de organizações mais pequenas que têm recursos limitados. Desde o seu lançamento já arrecadaram 58 milhões de euros.

As boas ações da Lush não se ficaram por aqui. Em 2012, lançou o Lush Prize, que oferece um fundo de apoio a esforços para eliminar ou substituir testes em animais, com um prémio bianual de 330 mil libras (o equivalente a 360 mil euros). Já em 2015, mostrou mais uma vez que se move por causas ao realizar a campanha #GayIsOk. Através da venda de um sabonete dourado, angariou 250 mil libras (270 mil euros), doadas, posteriormente, a ativistas que lutam a favor da igualdade LGBT.

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Em 2018, deu mais um grande passo para o homem e para a humanidade e aboliu a mica natural – mineral que confere brilho aos produtos de Beleza – dos seus produtos e substituindo-a por uma artificial, “devido a questões associadas aos direitos humanos, nomeadamente o trabalho infantil”, tal como salientou publicamente. No mesmo ano, abriu duas lojas sem embalagem, primeiro em Milão, depois em Berlim e, mais recentemente, em Manchester para promover a venda de produtos “nus” e, consequentemente, reduzir o desperdício de plástico. Recorde-se que a Lush é pioneira na criação da barra de champô sólido, do gel de duche sólido e das famosas bombas de banho. O “nu" não é de todo uma novidade na Lush, basta olhar para as barras de massagem, uma alternativa aos óleos de massagem engarrafados, para os batons ou outros produtos para o rosto.

Nos últimos 14 anos, com a venda de 47 milhões de champôs sólidos, poupou-se 141 milhões de garrafas de plástico, o que significa que 3,400 toneladas de plástico não tiveram de ser fabricadas. Se os produtos não estiverem despidos, as embalagens são feitas com plástico reciclado, latas de metal ou caixas de cortiça do Alentejo, perspetivando sempre o lema #zerowaste.

Com mais de 900 lojas em todo o mundo, a Lush não pára de revolucionar a indústria da Beleza em nome do planeta. Aqui, na Miranda, desejamos-lhe muitos anos de vida com sucesso à mistura. Parabéns!