Cresci com uma pele bastante problemática, com uma forma de acne muito chata que se desenvolveu já nos late teens e com todas as inseguranças que daí advêm.
Sempre me senti extremamente atraída pelas peles perfeitas dos anúncios que me calharam em sorte naquela época da transição para a fotografia digital em que a utilização de ferramentas de edição era tipo, uma loucura, porém nunca tive grande hipótese de experimentar nada disso. Muito revoltada, desde cedo comecei a visitar dermatologistas. A minha herança cutânea também não é das melhores, e atendendo a que tive a sorte de ter apenas pele atópica com tendência acneica, não me safei nada mal. Por isso, e porque a minha Mãe sempre foi bastante incrível na leitura desta insatisfação silenciosa, ir ao dermatologista é uma rotina bimensal que me acompanha desde os 12 anos - tenho 35. A minha rotina de cuidados de beleza começou então muito cedo com medicação, cremes malcheirosos dentro de embalagens eficazes em vez de belas, protector solar e tudo o que não era nada sexy nem cool nem flirty nem vinha na Ragazza. Ah! - E sem introdução à maquilhagem, também. Estas condicionantes todas acabaram por me tornar numa pessoa extremamente cautelosa no que diz respeito à pele do rosto.
A Susana Chaves, em quem confio plenamente no que à Beleza diz respeito, muito por causa da sua visão holística e altamente inclusiva do que é a Beleza, já me tinha falado muitas vezes no irrepreensível trabalho da Drª Cristina Santos Silva, da Avenue Clinic. Muitas vezes, do género, há anos que me falava da Drª Cristina e da sua abordagem ao cuidado e tratamento da pele e das suas necessidades, aliando o conhecimento dermatológico à inovação tecnológica em técnicas de rejuvenescimento da pele, anti-envelhecimento, firmeza, limpeza… E vocês não imaginam a quantidade de vezes que a Susana me disse "tens de experimentar". Até que fui experimentar. Houve um dia, no final do Verão passado, em que olhei para a minha pele fatigada e baça, e resolvi dizer à Susana que, vamos lá experimentar então tudo com a Drª Cristina.
Um dos meus dermatologistas, um dia no seu consultório - chorava eu copiosamente porque o meu acne era tal que a pele abria fissuras quando queria e um desses eventos tinha-me envergonhado havia muito pouco tempo - disse-me que haveria de chegar o momento em que agradeceria a pele atópica mista a oleosa e os tratamentos todos que comecei a fazer desde cedo. As rotinas de limpeza e cuidado da pele viriam a manifestar-se anos mais tarde. E é verdade, pena é que já não está cá para assistir.
Quando cheguei pela primeira vez às mãos sábias da Drª Cristina, e após examinar os factos depois do meu relatório sobjeamente detalhado, a Drª (tal como quase todos os dermatologistas por quem passei) relevou o assunto. A minha pele não estava nada mal, não tinha rugas, nem papos, nem flacidez, nem manchas. Estaria eventualmente “suja”, com alguns poros dilatados e outros obstruídos por força da maquilhagem de estúdio extremamente oclusiva, daí estar menos brilhante, mas nada que não tivesse solução.
Avaliada a situação, e com total conhecimento dos meus receios relativamente a todo e qualquer procedimento, tal é a minha memória, fizemos uma primeira sessão de laser resurfx que, nas palavras da Drª, foi praticamente um placebo. Ainda assim senti enormes melhorias na qualidade do grão da pele ao fim de dois ou três dias. Ao fim de uma semana o brilho natural da pele é extraordinário.
Escrevo isto três dias depois da minha terceira sessão, e justamente depois de me ter examinado escrupulosamente ao espelhando de aumentar. Comecei pelo nariz, onde os meus poros já não estão dilatados nem cheios e obstruídos. É a primeira vez na minha vida que observo a minha pele sem ficar triste. Sem me apetecer deixar de olhar porque enfim…
Na era da imagem e do filtro e da inteligência artificial, em que a pele é automaticamente corrigida por predefinições no telefone, o normal é que tenhamos uma visão muito manipulada do que é o real. Como a nível profissional opero maioritariamente num simulacro da realidade que se situa no limbo metaficcional ainda assim carregado de convenções de imagem (a maquilhagem em televisão obedece a cânones, para mim, muito rígidos), aquilo que desejo para a minha vida real é outra coisa. Um dos meus maiores sonhos de Beleza é usar apenas a pele sem mais nada. Uma pele magnífica, saudável, que abraça as suas imperfeições de uma forma muito harmoniosa. E desde há já uns meses que, por me ter deitado na marquesa aquecida da Drª Cristina que isso acontece. As minhas bochechas naturalmente rosadas são a derradeira prova do sucesso destes tratamentos que, não fosse a Susana a recomendar (e a pele da Susana fala muitíssimo), não teria experimentado, sempre com receio.
O tratamento de Beleza correcto para a pele de cada uma, pode fazer milagres. E a minha pele prova-o. Aquilo que a Drª Cristina faz, do alto da sua longa experiência e dos seus extensos conhecimentos é adaptar o tratamento certo a cada caso individual. Este trabalho de escuta (coitada da Drª, porque fiz mesmo um relatório detalhado com nomes e datas e anos e reacções… nem imaginam!…) das ansiedades de quem acabou de se deitar na marquesa, cara ao léu ali perante a Mestra, sem hipótese de esconder aquele queijo que já se consubstanciou numa borbulha gorducha ou a ruga a meio da testa é o que define e lança as bases para este sucesso. Vem de dentro. Até porque o laser também actua em profundidade e isso depois nota-se à superfície, não é!?… Por isso é que funciona. Trabalha-se uma relação de confiança, um historial, e só depois se passa ao tratamento que, para alguém com 23 anos de experiência do ponto de vista do utilizador (hihhiihihi), sabe que os resultados irão manifestar-se com o tempo, e não no momento seguinte.
É por isso que agora vamos passar à fase seguinte, que é aquela em que já me entusiasmei e estou radiante com tudo, li tudo e fiz imensas perguntas e desejo experimentar o Ultraformer nos meus calções de celulite. Dar-vos-ei novidades em breve!
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