Faz as malas, coloca o “out-of-office”, mergulha completamente no destino de férias, e descobre-te a ti mesma!

Explorar um destino de forma mais autêntica não significa apenas fugir das rotas turísticas. É, acima de tudo, mergulhar na essência do lugar, estando presente em cada experiência, mesmo as mais simples, como uma conversa casual com um habitante local, provar pratos típicos, ou até o silêncio de um local remoto que te permite ouvir os teus próprios pensamentos.

Explorar de forma mais autêntica

Há múltiplas experiências e atividades que podem ajudar a que tornes, de forma consciente, a tua viagem mais autêntica. Vou apontar aqui apenas quatro exemplos:

  1. Definir uma rotina matinal 

Procura começar cada dia de férias com um ritual matinal que te enraize. Quer seja uma sessão de yoga junto a uma praia, uma prática de meditação num parque silencioso, ou simplesmente desfrutar lentamente de um café numa coffeeshop, enquanto escreves o teu diário.

  1. Participar numa aula de cozinha local 

Quer estejas em Itália ou no México, ou simplesmente numa nova cidade dentro do teu país, cozinhar com os locais é uma janela para a alma da culinária e cultura de um lugar, e uma forma de poderes levar um pouco desse local contigo, quando regressares a casa.

  1. Visitar mercados locais

Em vez de te perderes nas lojas turísticas habituais, ou lojas de grandes marcas internacionais, deixa-te guiar pelo coração pulsante dos mercados locais. Em cada banca pode estar um tesouro à espera de ser descoberto, o aroma das especiarias exóticas que se mistura com as conversas vibrantes dos vendedores, aqueles ingredientes raros e os artesanatos e jóias que contam histórias de gerações… e, entre um corredor e outro, permite-te provar as iguarias que são segredos bem guardados dos habitantes locais, cada prova uma porta para a alma do lugar.

  1. Capturar momentos de forma consciente 

Hoje em dia quase se banalizou a imortalização do momento através da fotografia. O facto de termos uma câmara fotográfica sempre à mão com grande capacidade de armazenamento (o nosso telemóvel), faz com que tiremos fotografias a tudo e mais alguma coisa, à maior parte das quais raramente voltamos. Então, nas tuas próximas férias, experimenta praticar a atenção plena ao fotografar. Tira tempo (verdadeiramente tempo) para observar e captar a beleza ao teu redor, foca-te nos detalhes, nas cores, nos aspectos únicos do ambiente. Esta prática ajuda-te a ver o mundo com outros olhos. Por que não, até, levar uma câmara analógica ou uma Polaroid? Há uma magia especial nos momentos que são captados em serenidade, com presença e tranquilidade, quase como se estivéssemos a congelar o tempo (que, na realidade, estamos!) e a guardar a essência do que observas e sentes naquele momento.

Concluindo: viajar é muito mais do que simplesmente mudar de cenário. É uma oportunidade de metamorfose e descoberta. Quando nos permitimos explorar um destino com olhos e coração abertos, cada momento transforma-se numa experiência rica em significado.

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Imagina descer do avião e deixar que o dia te leve onde tiver de ser. Perder-te por ruas desconhecidas, saborear um café num movimentado café local, e observar a vida do lugar desenrolar-se sem filtros. Permite-te mais “sins”: diz sim a um novo sabor de gelado, diz sim a um espetáculo de música local inesperado, diz sim a uma conversa espontânea com um estranho. São estes “sins” espontâneos que muitas vezes criam memórias e histórias de viagem mais ricas e mais inesquecíveis.

No final de cada viagem, não são apenas as paisagens que ficam gravadas na memória, mas também as pequenas epifanias, os encontros inesperados e as novas perspetivas que trazemos de volta para casa. Por isso, na tua próxima viagem, lembra-te de que o destino é apenas o começo. O verdadeiro tesouro está na jornada, no desfrutar de cada momento, das histórias que vivemos e nas versões de nós mesmos que encontramos pelo caminho. E, ao voltares, que te sintas mais rica em experiências, mais leve em espírito, e mais conectada com o mundo e contigo mesma.

Sara Sá estudou Comunicação Social, mas especializou-se em Relações Públicas e trabalhou 15 anos como tal. A paixão pelo Yoga levou a melhor e, deixando o emprego e vendendo tudo o que tinha, abriu no Porto o MANNA, um espaço onde partilha, com quem por lá passa, a sua filosofia de vida.