A minha relação com o meu cabelo só se fortaleceu quando tive de admitir que a alopécia tinha chegado para vencer. Todos os esforços que tinha feito para contrariar a minha herança genética já não se mostravam suficientes para esconder as evidências de uma entradas proeminentes.

Tornou-se uma relação fundamentada numa tristeza dissimulada com bonés e com looks de bad boy, com cabeça rapada a máquina 1. Contudo, bastava um foco de luz dirigido à minha cabeça sem boné e um espelho à minha frente – ou o registo de uma fotografia – para que essa tristeza fosse reavivada.

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Na clínica Ricardo Vila Nova tenho tido um grande suporte no que diz respeito a prolongar no tempo a queda de cabelo e a adiar a inevitabilidade da genética o máximo de tempo possível. Passei a sentir o cabelo mais forte e com uma textura de brilho e vida que nunca tinha sentido antes. De facto, tal como a pele, o couro cabeludo também envelhece e torna-se preguiçoso na capacidade de produzir cabelo. Precisamos de estimular a regeneração celular através de tecnologia injectável, micro-needling e laser, com a aplicação de peptídeos, factores de crescimento e outras vitaminas e minerais.

Esta manutenção é importante, independentemente de se recorrer a um transplante capilar ou não. Mesmo transplantando cabelo, isso não significa que não exista uma predisposição genética para a queda ao longo dos anos. Por isso, podemos precisar de vários transplantes no decorrer do tempo, se queremos repor todo o cabelo que cairá.

Foi o próprio Ricardo Vila Nova que me incentivou a fazer um tipo de transplante novo no mercado, que se distingue por ser menos invasivo e por ter uma recuperação mais rápida e confortável. “Menos invasivo” ao ponto de não deixar cicatrizes na área dadora, da qual poderei novamente extrair cabelo para novos transplantes; “menos invasivo” ao ponto de não sentir qualquer dor, tanto durante o procedimento como no recobro.

Trata-se de um transplante assente na ciência das células estaminais. Em vez de se colher o bolbo inteiro do cabelo, basta uma parte deste, que é posteriormente conservado na solução de células estaminais e depois implantado na cabeça. O diâmetro das agulhas utilizadas é menor que o das que extraem sangue. Isto diz tudo, não diz?

Confesso que mesmo conhecendo todos estes dados, só no dia do procedimento e nos dias seguintes tive noção do quão agraciado fui por ter sido tudo tão indolor, confortável e rápido. Este vídeo comprova o que acabo de dizer. Passava por tudo de novo sem pensar duas vezes. A minha cabeça não inchou, dormi confortável nas noites seguintes, não tive de me borrifar com qualquer líquido e pude lavar ao final de três dias.

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Para fazer este transplante tive de viajar até Maastricht. Esse foi o único desconforto deste procedimento. Este método foi desenvolvido na Holanda e, apesar de estar também em Londres, França e outros países, é mais fácil de conseguir vaga em Amsterdão ou Maastricht. Consegui também vaga com o próprio Dr. Coen, o médico que desenvolveu esta técnica e que tem 30 anos de experiência nos transplantes capilares.

Foi na sua luxuosa Hair Science Clinic, dentro de uma sala de vidro e com vista para a natureza, que operaram em mim esta “magia” capilar. No próprio dia ainda fui jantar fora com o médico e no dia seguinte viajei de regresso a Lisboa. Passaram entretanto nove meses e já posso ver no espelho o Bruno de antigamente, sem receio dos focos de luz, e cujo maior problema tem sido habituar-se de novo ao cabelo que agora tem e não sabe como pentear.

Além de secretamente estar a construir a sua própria marca de Moda (shhhh...), Bruno Reis é o responsável pelo Marketing e Comunicação de marcas de Beleza. Entre a criatividade e a estratégia, já foi actor, professor de yoga, gestor de redes sociais, fotógrafo e director de casting.