Não existem peles perfeitas. Talvez, ao compararmo-nos com os modelos da 'passerelle', com os actores das telenovelas ou com os influencers da internet, acreditemos que a pele deles é a pele perfeita, mas nunca pensamos que pode ser fruto de um escrupuloso trabalho de casa, o mesmo que também podemos ter em nossas casas.

É tudo uma questão de, numa primeira fase, criar hábitos de manutenção saudáveis e, depois disso, trabalhar na redução de imperfeições. Mas sendo que a qualidade da nossa pele não determina o sucesso na nossa profissão, optamos pela preguiça e pelo deixar andar. Qualquer coisa mais grave, passamos na farmácia e resolve-se. E se fôssemos modelos ou actores? A nossa pele seria melhor?

Mesmo sendo um comum mortal, com uma profissão nada 'glamour', a qualidade da nossa pele também determina hoje em dia o nosso sucesso profissional. Em qualquer trabalho, desenvolvemos relações interpessoais e temos a necessidade de nos sentirmos confiantes e seguros. A nossa imagem, que é o nosso primeiro cartão de visita e onde a pele desempenha um grande papel, merece estar no seu melhor no momento em que interagimos seja com quem for.

E a farmácia também está lá para outras abordagens, além da clássica “borbulha que infectou” ou “pele sensível em crise de irritação”. A farmácia também está lá para as manchas na pele, para a rosácea, para as olheiras e para os papos nos olhos. E, mais que isso, também está lá para a pele perfeita que vemos nos outros e nunca nos calhou a nós.

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Até digo mais. Isto está tudo tão evoluído, que até já há farmácias especializadas em dermocosmética, e até nos supermercados se compram cremes para a pele masculina. Não há desculpas, ou há? Entrem numa dessas farmácias e façam a vossa pesquisa. Hoje em dia já se pode entrar e ficar a ver o que oferecem as prateleiras, ler as embalagens, descobrir que há peles oleosas ou secas ou mistas e/ou sensíveis, que se pode reduzir os papos, que se pode reduzir as rugas e que se pode ficar a dançar o bailinho da Madeira sem derramar uma única gota de suor. Todas as últimas descobertas da Ciência ao seu dispor, para seu usufruto.

O que nem todos sabem – e isto já é informação privilegiada, atenção, e é preciso estar muito atento às prateleiras e às embalagens – é que, além dos autobronzeadores, já existem outros compostos que corrigem a nossa cor de pele, seja para a uniformizar, seja para disfarçar manchas, para reduzir olheiras, para esconder a rosácea ou mesmo aquela borbulha que já sarou, mas ainda não desapareceu de vez.

Estou a usar de alguma ironia, sim. Isto não é informação privilegiada. Mas achei que se dissesse estas coisas neste tom, causaria maior impacto. Causei? Estas coisas já existem há algum tempo nas prateleiras, mas não reparamos nelas. Se não pensamos em cuidar da saúde da pele, haveríamos de imaginar alguma vez que é possível ter os filtros do Instagram num frasco de 75 ml? Vão à secção dos protectores solares e procurem os que têm cor. Existem para todos os tons de pele. Eu gosto do da Uriage mas também já usei da ISDIN. O próximo a experimentar é o da Heliocare. Além de proteger o rosto dos raios UV, uniformiza a cor da pele, que fica toda por igual.

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Se por engano trouxerem uma cor um pouco mais escura que a vossa, no limite vão parecer mais bronzeados, o que vai parecer que andam a ter uma vida boa, com direito a fins-de-semana na praia e passeios de barco. Não se preocupem, pois que nos é cada vez mais recomendado o distanciamento social. Mas podem pedir para experimentar a cor nas costas da mão. Assim não há confusões. Não prometo que consigam esconder todas as imperfeições com a oferta que têm nessas prateleiras, por isso recomendo vivamente uma pesquisa internáutica por um concealer.

E agradeçam-me porque o vosso vocabulário fica agora mais rico. Este composto esconde manchas mais escuras. É mais denso e por isso cria uma camada mais grossa na pele, mas que se funde e que se parece, nada mais nada menos do que… com a pele! Fica um efeito bastante natural e sentimo-nos naturais. Eu uso um da Mënaji. Depois duma empenhada busca no Google sobre marcas de beleza masculinas, eis que me aparece um artigo da Miranda com algumas opções e esta era uma delas. Tem o formato de um batom, basta passar na área a corrigir e depois espalha-se com os dedos. À homem!

Eu sei que enveredar por estes truques de ilusionismo cosmético pode ser um caminho solitário, pois são práticas pouco comuns e não temos grandes exemplos a seguir. Mas o sabor do triunfo da conquista daquela pele de capa de revista, e usá-la no mundo real, do trabalho, esse já ninguém nos tira.

Uma pele bem maquilhada pode fazer um homem de sucesso!

Bruno Reis, colaborador da Miranda, é o fundador e diretor criativo da Teeorema, marca de T-shirts de luxo.