Celebra-se este mês, a 30 de outubro, o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama, que já é, segundo o último relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde, o cancro mais comum no mundo, com uma estimativa de 2,3 milhões de diagnósticos em 2020 – 11,7% de novos casos, o que equivale a 684.996 mortes – tendo ultrapassado o cancro do pulmão.

Segundo o mesmo relatório da OMS, em 20 anos, o cancro da mama quase duplicou, passando de 10 milhões em 2000 para 19,3 milhões em 2020. Em Portugal, e segundo o mesmo relatório, em 2020 houve registo de 7.041 novos casos (11,6%), sendo que destes resultaram 1.864 mortes.

Não é por isso demais alertar mulheres e homens de que é fundamental que façam os seus exames regularmente (o que inclui o auto-exame sistemático da mama), como uma forma de detetar nódulos ou eventuais anomalias no peito, e que isso tem de ser algo natural na nossa rotina, como quem lava os dentes ou aplica creme no corpo. Este gesto pode ser a diferença entre a vida e a morte.

#ÀFlorDaPele: a ternura dos 40
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Não é apenas em outubro que devemos estar mais despertos para o assunto – ajuda o buzz, as campanhas, os alertas, repetir e falar vezes sem conta nos números, reforçar mensagens… Mas quem de nós não conhece alguém com cancro de mama? Quantos de nós não perderam já amigos, familiares ou conhecidos para esta doença? Quantas de nós não foram já tocadas por ela? O cancro de mama não afeta só a pessoa em si: a doença, na sua forma mais ampla e lata, afeta todos os membros da sua família, direta e indireta, tendo um impacto negativo na mulher e na sociedade.

É fundamental alertar e sensibilizar a população em geral para a importância dos rastreios e dos diagnósticos e tratamentos precoces do cancro da mama, de forma a que os seus números reduzam – seja o de novos casos, seja o de mortes. Quanto mais cedo o cancro é detetado, maiores são as probabilidades de cura. É por isso que a apalpação e os exames são tão vitais. Conhecer o nosso corpo é importantíssimo. E estar atento aos sinais, também. Através do diagnóstico precoce, é possível descobrir e detetar tumores pequenos, muitas vezes não palpáveis, só diagnosticados através de exames como a mamografia e a radiografia mamária.

#ÀFlorDaPele: meta a mão na mama!
créditos: Victoria Strukovskaya/Unsplash

Esteja por isso atento ao seu corpo e comece hoje mesmo, se assim tiver de ser, a mudar alguns dos fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento do cancro de mama:

  • O maior fator de risco é a idade (80% de todos os tipos de cancro da mama ocorrem em mulheres com mais de 50 anos).
  • Uma mulher que já tenha tido cancro numa das mamas tem maior risco de ter esta doença na outra.
  • As alterações em determinados genes, transmitidas pelos pais, estão na origem de 5% a 10% dos casos de cancro da mama.
  • O excesso de peso aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama.
  • O consumo de tabaco ou o consumo excessivo de álcool estão associados ao desenvolvimento de vários cancros, incluindo o da mama.
  • A primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos) e uma menopausa tardia (após os 55 anos) são fatores de risco para o cancro da mama. (*)

(*) informação extraída do site da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Segundo os dados mais recentes publicados em março deste ano, as projeções futuras para o cancro são tudo menos animadoras, com uma previsão de aumento na ordem nos 50% em 2040 face a 2020. Uma em cada cinco pessoas em todo o mundo desenvolverá cancro ao longo da sua vida. Por isso, previna-se, não faça parte das estatísticas. Meta a mão na mama!

Mafalda Santos  fez das palavras profissão, tendo passado pelo jornalismo, assessoria de imprensa, marketing e media relations. Acredita em quebrar tabus e na educação para a diferença, temas que aborda duas vezes por mês, na Miranda, em #ÀFlorDaPele.

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