Tenho uma grande admiração pelos meus amigos e sou um sortudo, porque se há uma coisa que é comum a todos é a generosidade dos afectos. O envelhecimento inevitável também é comum e pensar que vamos todos passar por esta coisa das rugas ajuda a diluir o sentimento de solidão que isto pode implicar. Olhar para o Ricardo é um exercício que faço regularmente para atenuar esse sentimento, já que temos um mês de diferença e conhecemo-nos há 20 anos.
Tenho amigos que me vêem como alguém cheio de respostas para uma série de questões existenciais, mas esses amigos não sabem que é mais fácil irem ter directamente com o Ricardo, já que ficariam a saber tudo muito mais depressa.

Sempre fui muito rápido a aprender novas maneiras de estar na vida, sempre absorvi os comportamentos e as atitudes daqueles que admirava e penso que até correu bem, no geral. Mas há um conhecimento de causa na vida do Ricardo que, por mais que o observe, ainda não consegui absorver. E como é que se aprende a ter sorte?

O Ricardo é um gajo com sorte

Cresci a ser ensinado que para sermos felizes temos de lutar, sofrer e passar algumas provações até que se olha para o Ricardo e vê-se que é tudo uma questão de atitude certa e de um pragmatismo inteligente. Quando, entre amigos, falávamos dele, a conversa invariavelmente ia parar aos empregos que largou ao fim de 1 ou 2 dias, mas também do trabalho onde tinha só de ir de segunda a quinta e que nos deixava roídos de inveja.
Até que teve uma proposta para ir trabalhar em Londres e foi redesenhar (como director de arte) as revistas de algumas das maiores companhias aéreas, como a Vueling ou a BMI. Entretanto, voltou e continuou a ter uma vida de sonho: a trabalhar a partir de casa (também um sonho de casa) e a fazer uma revista americana.

Também é normal comentarmos as viagens que está a fazer, porque uma coisa que o Ricardo gosta de fazer é viajar. Viajar muito

Foi numa dessas viagens, em Nova Iorque, que teve a ideia de mudar de vida e abrir um café que já é conhecido por meia lisboa: o Hello, Kristof. Ele diz que estava a lavar as mãos com Aesop e que nesse momento decidiu que queria abrir um café. Não sei o que é que o Aesop faz às mãos e à cabeça de uma pessoa, mas neste caso definiu-lhe um novo rumo na vida. E quem é que não gostaria de ter um café cool, em Lisboa, com a melhor selecção de revistas internacionais para ler, e ainda por cima com Aeosop para lavar as mãos?

#ÁguaPelaBarba: os segredos dos meus amigos (de beleza e não só). A começar pelo sortudo Ricardo
Resurrection Aromatique Hand Wash, € 31, Aesop, na Skinlife, skinlife.pt

Além da natural admiração que lhe tenho, pelas coisas que faz, pelo bom gosto e pela companhia inteligente e bem humorada, também lhe cobiço o bom aspecto. Mas ser bem parecido e ser o Ricardo já é algo que exige uma manutenção extra, pois quem lava as mãos com Aesop não pode ser alguém que não se cuida. Ele diz que faz o básico, o que por si só já quer dizer que faz muito.

Cuidados 'básicos' diz ele

O básico, ao que parece, é o creme hidratante para peles atópicas e depois um protector solar. Mas parece que no banho ainda usa um gel de limpeza de rosto da Nuxe. O creme hidratante foi-lhe recomendado pelo dermatologista e é da Physiogel e o protector solar, com factor 50, é da A-Derma.
Num dia normal de trabalho no café tem de lavar muitas vezes as mãos, que têm mais tendência a ficar secas e é por isso que usa o creme à base de erva príncipe e óleo de coco da Blind Barber, uma barbearia em Nova Iorque que lançou a sua própria marca de beleza masculina. How cool is that?

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Solo, Eau de Toilette, desde € 85,50, Loewe, Douglas, douglas.pt

Quanto a perfumes, gosta de alternar entre o Santal 33 da Le Labo e o Solo da Loewe, um mais forte e o outro mais suave.
As rugas não o preocupam, disse-me, mas a pele flácida já mexe com ele. Então, é no exercício físico que faz o seu “seguro preventivo”. Treina com o Personal Trainer (vulgo PT) uma vez por semana e depois faz outro treino de cardio ou com pesos. Diz que adora corrida, mas eu também sei que corre na pista com a melhor vista de Lisboa. Quem não adora correr ali?

Como o Conan Osíris, ele também adora bolos e talvez seja por isso que a barriga seja a parte do corpo que o preocupa mais. Como não faz muita coisa específica no ginásio para a manter no lugar, foi na alimentação que adoptou uma nova forma de estar, evitando o pão, o açúcar e produtos fermentados. Afirma que se sente muito menos inchado só por ter cortado no glúten.

#ÁguaPelaBarba: os segredos dos meus amigos (de beleza e não só). A começar pelo sortudo Ricardo
Beard Replenishment Oil, blindbarber.com

De 15 em 15 dias, passa no Lisbaeta para aparar a barba (também é lá que corta o cabelo) e como gosta de a usar grande, costuma aplicar-lhe um óleo especial para barbas, da Blind Barber também. Quem quiser experimentar o sabonete líquido da Aeosop, basta ir ao Hello, Kristof.

#ÁguaPelaBarba: fazer de um campo de batalha um campo de cabelos, parte II
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Já agora, experimentem também o cappuccino, que é delicioso e o banana bread ou a tosta de abacate. Já agora, ficam a conhecer o Ricardo e vão ver que a beleza não se faz só de cremes e loções, mas também de carisma e de uma boa vibe. Só não apareçam ao fim-de-semana. Ou acham que a sorte de uma pessoa só se faz a trabalhar?

Bruno Reis, colaborador da Miranda, é o fundador e director criativo da Teeorema, marca de luxo de t-shirts.

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