Dormir - e dormir bem - nunca foi tão importante e necessário quanto nos dias de hoje. A qualidade do sono da população no geral já teve melhores dias e grande parte da culpa é o uso excessivo de telemóveis e dispositivos eletrónicos, a alta carga horária de trabalho, o aumento do stresse, a má alimentação, entre outros.
Conseguir dormir as 8h de sono diárias é uma realidade cada vez mais distante e diminuir o tempo de descanso traz as suas consequências. Além de afetar a nossa saúde e bem-estar, dormir mal também piora a qualidade da pele, podendo até agravar algumas doenças, como as dermatites, psoríase, entre outras.
A Miranda esteve à conversa com o dermatologista Dr. Alexandre Catarino que nos explicou tudo sobre a importância do sono para a pele. Se o seu "sono de Beleza" não está em dia, fique atenta às principais consequências.
"Sabe-se que pessoas que dormem menos de 5 horas por noite têm maior probabilidade de sofrer de doenças cardio-metabólicas e de depressão. A duração e a qualidade do sono não só têm impacto na saúde geral, como também na pele", começa por afirmar o especialista.
O que acontece à nossa pele enquanto dormimos?
"A homeostasia ou equilíbrio da pele é modulado pelo sono. O ritmo circadiano influencia vias celulares de reparação do DNA e mecanismos contra o stress oxidativo, pelo que o sono é uma fase importante para a pele recuperar das agressões externas ocorridas durante o dia devido à radiação ultra-violeta ou poluentes".
Quais os efeitos na pele de uma má noite ou poucas horas de sono?
"Um sono de má qualidade vai ter impacto nos sistemas antioxidantes de reparação do ADN celular o que vai acelerar o envelhecimento celular e reduzir a produção de colagénio. A longo prazo as consequências serão:
- Pele menos hidratada
- Perda de firmeza
- Rugas
- Manchas
A falta de sono contrui para um estado pró-inflamatório e reduz a capacidade de reparação do dano celular o que a longo prazo contribui também para o envelhecimento da pele.
"Durante o sono ocorrem também processos de regulação imunitária a nível da pele que podem contribuir para o aparecimento ou agravamento de dermatoses como a psoríase ou o eczema atópico. Essa regulação imunitária que acontece parece influenciar também o microbioma cutânea que por sua vez pode também contribuir negativamente para algumas doenças de pele", alerta.
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