Eu sei que todas as vezes que leram sobre dietas iô-iô foi no prisma de algo pouco saudável, pouco sustentável e muito pouco efectivo. E é verdade.
Chamo à minha dieta iô-iô porque, para conquistar uma musculatura maior e mais bem definida, tive de passar por duas fases: pelo bulk e pelo cut. Significa que, paralelamente a um treino de força, tive primeiro de comer em excesso calórico, para ganhar massa muscular (e mais alguma gordurinha, que é normal, e de que falei no artigo "O meu segredo para… ganhar peso").
Depois disso, ainda com o mesmo tipo de treino, passei a comer em défice calórico, para perder gordura e deixar os músculos a descoberto e definidos. Isto significa que, primeiro, comemos calorias a mais (bulk), e que depois comemos calorias a menos (cut). E na proporção nutricional certa, claro. Tive sempre o apoio do Lucas Oliveira, com o qual elaborei um plano de refeições sempre de acordo com as minhas preferências e muito adaptado aos meus dias stressantes e com pouca facilidade de planeamento. Aprendi que posso comer todos os dias uma sandwich ao jantar (ao final do dia, esgotam-se-me as forças para cozinhar e esta solução foi perfeita). Desde que coma a proporção planeada de proteína, hidratos e verduras, está tudo bem.
Apercebi-me de que era importante passar a integrar tofu na minha alimentação e que existem já no mercado tofus com sabores, que anulam logo aquela ideia pré-concebida e também muito verdadeira de que o tofu não tem sabor. Se comprarem tofu sem sabor, efectivamente não vai ter sabor, é um facto! Mesmo sendo vegetariano, é verdade que não comia tofu muitas vezes e, fazendo desporto todos os dias, ingerir mais proteína era imperativo!
Foi a maior mudança na minha alimentação desde que comecei esta caminhada com o Lucas. Salvaram-me sobretudo essas variantes do tofu bem mais saborosas e que me poupam imenso tempo, sobretudo o tofu fumado. A tarefa de dar sabor ao tofu exige alguma ciência e paciência. Rapidamente percebi que não era para mim. Aprendi ainda a pesar os alimentos enquanto estou a cozinhar e, por mais doentio que isso possa parecer, numa fase inicial, ajuda a definir os nossos limites.
Com o passar do tempo, passei naturalmente a saber, só de olho, as quantidades que devo comer. Faço isso sempre que vou almoçar ou jantar fora. É claro que tenho dias em que não resisto a uma fatia de banana bread; é claro que quando viajo tenho uma alimentação mais desregrada; e é claro que, aos fins de semana, regras não é comigo. Adoro que ao sábado e ao domingo não haja horários para as refeições, que seja altura de comer bons pequenos-almoços, almoçar e jantar fora ou ficar em casa no sofá e comer todo o pão da Gleba que me apetece, mais uma lista infindável de coisas pecaminosas!
Felizmente, o Lucas deu-me uma dica preciosa para estes dias de algazarra nutricional e pediu-me para não esquecer de compensar com a proteína. Calculou, portanto, as refeições da semana tendo em conta o excesso do fim de semana, e do meu lado tive de me comprometer a tomar a proteína (em iogurte, em pudim ou mesmo em batido) e a comer apenas uma sobremesa ou bolo por dia (de sábado e domingo, OK? estamos a falar do fim de semana hahaha!)
Aqueles excessos durante a semana ainda não os confessei ao nutricionista, mas se eventualmente comer um bolo, reduzo os hidratos na refeição a seguir. E eu, que era uma pessoa magra – demasiado magra – estou aqui agora a partilhar truques para não engordar. Estou orgulhoso deste ser que me tornei! Hurray!
Para verem o antes e o depois, atentem nas fotos abaixo! O que eu era em agosto de 2022 e o que me tornei em 2023, na semana passada!
Detalhe curioso: ainda não estou satisfeito. Alguma vez estarei? Hahahahaha
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