Existem vários tipos de queda de cabelo? Como podemos preveni-la, e que tratamentos temos à nossa disposição? A Miranda fez as perguntas e o Dr. Pedro Mendes Bastos, médico dermatologista na CUF, respondeu.

Quando é que a queda de cabelo natural e expectável se transforma num problema?

Todos os anos é natural que ocorram períodos em que notemos maior queda de cabelo, sem que isso constitua um problema. Devemos preocupar-nos quando o período de queda é superior ao habitual para cada pessoa ou quando se torna visível que "falta cabelo" no nosso couro cabeludo relativamente ao que tínhamos há semanas ou meses atrás.

Quais são os diferentes tipos de queda de cabelo?

A lista de doenças do cabelo é extensa mas podemos dividi-las de acordo com a etiologia: hormonais (como a alopécia androgenética), imuno-mediadas (dependentes de "erros" no sistema imunitário como a alopécia do lúpus, liquen plano pilar, alopécia areata), carenciais (por falta de elementos nutricionais importantes para a saúde capilar) e outras.

Quais são as razões mais comuns para a queda de cabelo nas mulheres?

Nas mulheres temos sempre de considerar duas situações que são muito frequentes: por um lado, o deflúvio telogénico; por outro lado, a alopécia androgenética.
O deflúvio telogénico é uma causa frequente de consulta quando as pessoas notam um grande volume de cabelo perdido na sua higiene durante um período considerado superior ao habitual.

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A telogénese é uma fase normal no ciclo do cabelo; neste problema, a fase telogénica torna-se anormalmente mais prolongada, resultando numa queda rápida de cabelos. A boa notícia: o deflúvio telogénico é habitualmente auto-limitado e não condicionará na maioria das vezes alopécia definitiva. Pode haver algum factor agravante ou desencadeante que deverá ser investigado pelo dermatologista - dois muito frequentes são o stress e baixas reservas de ferro.

A alopécia androgenética é um problema determinado pelos genes e pelos androgénios (hormonas), na qual ocorre miniaturização dos folículos ao longo de meses e anos, resultando em perda de densidade capilar que se torna definitiva. Geralmente nas mulheres, é mais pronunciada após a menopausa mas também existem casos em mulheres pré-menopáusicas. O principal problema é o seu caráter progressivo e crónico, devendo ser tratada o mais precocemente possível para travar a sua progressão. Há poucos tratamentos eficazes pois estes devem contrariar o efeito dos androgénios nos folículos pilosos. Os tratamentos são naturalmente personalizados, ajustados a cada pessoa e à fase de vida em que se encontra.

Existem medidas que podemos tomar para prevenir a queda de cabelo?

A melhor forma de prevenção do deflúvio telogénico coincide com a procura de uma vida saudável, com uma alimentação equilibrada e com o aporte suficiente daqueles elementos essenciais para a saúde capilar, como seja o ferro, a vitamina B12, ácido fólico, zinco, biotina, entre outros. Quanto à alopécia androgenética, o segredo corresponde ao diagnóstico precoce e início de tratamento eficaz o mais atempadamente possível, para evitar a miniaturização dos folículos e a perda de cabelos.

Quanto a transplantes capilares, para que servem e como funcionam?

O transplante de cabelo é uma técnica eficaz e segura que se afigura como uma parte do tratamento de algumas doenças do cabelo, sendo os pacientes com alopécia androgenética os que beneficiam de forma mais evidente. O transplante de cabelo não é curativo; como já falámos, a alopécia androgenética é determinada pelos genes e pelos androgénios (hormonas), devendo ser tratada com tratamentos médicos dirigidos às "hormonas culpadas" (sejam tópicos ou orais).

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O papel do transplante consiste em preencher áreas de couro cabeludo mais visível com cabelos de outra região, insensível à ação dos androgénios. De uma forma muito prática, o transplante de cabelo pode oferecer resultados naturais e melhorar imenso a auto-estima do paciente, devendo ser realizado por médicos com experiência e que dominem a área da Tricologia médica pois o tratamento da alopécia androgenética é mais abrangente que apenas realizar a técnica do transplante.

Outros tratamentos disponíveis

Além do transplante capilar mencionado pelo Dr. Pedro Mendes Bastos, existem outras opções disponíveis para combater e/ou reduzir os efeitos da queda de cabelo. Ricardo Vila Nova é o hair cientist com clínicas espalhadas um pouco por todo o mundo (uma delas em Lisboa) que fazem o diagnóstico através de um Hair DNA Scan Test, aconselhando depois o melhor tratamento a seguir.

Desde a Hair Laser Light Therapy (um tratamento indolor que estimula a regeneração das células e a circulação sanguínea, de forma a aumentar e acelerar o crescimento do cabelo) à Injectable Technology (uma fórmula rica em vitaminas e minerais que é administrada no escalpe, de forma a estimular o crescimento e melhorar a qualidade do cabelo já existente), existe uma oferta de vários tratamentos adequados a diversos problemas e necessidades.

Na Avenue Clinic, em Lisboa, está disponível o Plasma Rico em Plaquetas (PRP), um método que utiliza células, proteínas e factores de crescimento segregados pelas plaquetas para estimular a unidade folicular e consequentemente o crescimento de novo cabelo, conferindo ainda volume e densidade.

Este tratamento promete ser eficaz em todos os tipos de alopécia ocasional, progressiva e patológica. Quando combinado com o transplante capilar, o PRP promove e fortalece a reparação dos tecidos, preservando e promovendo a viabilidade dos folículos.

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