Tudo isto foi despoletado pelo meu primeiro branqueamento que me levou a experimentar outras alternativas dentro da higiene oral. Com isso, dei por mim a folhear o livro do Dentista Biológico Gerry Curatola. Olá, novo mundo!
Desde os 11 anos de idade que o dentista passou a ser o meu melhor amigo. Ninguém percebia (e percebe) o meu entusiasmo com o dia de ir ao médico da “broca”. Tudo o que haveria a temer ficou bem lá atrás no tempo. Resumindo, a proeminência do meu maxilar inferior e os dentes tortos no maxilar superior, fizeram com que eu tivesse lugar cativo durante 10 anos no dentista. Quando finalmente me despedi dos aparelhos, já na altura da universidade, parecia que estava a dizer adeus para sempre a um irmão. Foi um misto de alegria e de tristeza bem estranho; mas pela primeira vez em “séculos” estava a olhar para os meus dentes (uau, eles existem mesmo) e não para a armadura do Robocop.
Digamos que todo o investimento de tempo e não só, fizeram com que a minha forma de lidar com este tema fosse um tanto ou quanto diferente do comum mortal. De 6 em 6 meses lá ia eu, desejosa para fazer o meu check up regular e em pulgas para comentar com o Dr. Nuno Gradil Ribeiro as minhas mais recentes descobertas no mundo dos dentífricos.
Depois de alguns meses de negociações sérias com o Dr. Nuno, finalmente arranquei com o meu primeiro branqueamento. A cereja no topo do bolo veio depois. Quis levar este tema ainda mais a sério (mais ainda?) com algumas pesquisas e leituras, o que me levou a cruzar com o médico americano Dr. Curatola.
Segundo o autor de The Mouth-Body Connection, “a nossa boca é o espelho do que se passa no nosso corpo e intestino”. O que fazemos à nossa boca pode ter profundos efeitos no nosso organismo e na comunidade de microrganismos característicos desta zona, que são o primo mais chegado do “microbioma” da nossa boca. Este microbioma não é mais do que uma membrana inteligente semipermiável, que desempenha funções vitais ajudando a ter uma boca saudável.
Estas funções incluem o transporte de minerais iónicos da saliva para a superfície dos dentes, ajudando na sua mineralização, transportando oxigénio molecular às gengivas e eliminando os radicais livres e outros produtos / substâncias da sua superfície. Adicionalmente a estas funções, o microbioma oral desempenha um papel fundamental protegendo-nos de um ambiente de organismos nocivos. Não existem bactérias más nem bactérias boas; elas apenas se comportam de uma maneira saudável ou não, dependendo das condições do “território” onde estão.
Se mantivermos a nossa higiene oral, e portante saúde oral em dia, estamos um passo à frente na prevenção de vírus e bactérias. A par deste cuidado especifico, o consumo de certos alimentos proporciona esta boa relação intestino – boca. Falamos de alimentos anti-inflamatórios, ricos em antioxidante e alcalinos.
Não nos podemos também esquecer da correta utilização e escolha de produtos e ferramentas para a correta manutenção da nossa higiene diária: uso do fio dental orgânico (o da marca Cocofloss é um dos meus favoritos), bochechos diários, segundo o método detox ayurvédico, com os elixires certos (o elixir bocal da UNII com gengibre é um vício) e o recurso a dentífricos sem maus aditivos (SLS, Sodium fluoride, entre outros), álcool e outras substâncias nocivas (estou a adorar a nova pasta da Apivita – TOTAL). As visitas ao dentista são obrigatórias de 6 em 6 meses principalmente para quem tem tendência a acumular muito tártaro.
Outros pormenores que fazem toda a diferença é a forma como tratamos da nossa escova de dentes. Esta última deverá estar sempre o mais afastada possível da sanita e o ideal é que a mesma seja colocada a secar de pé; num local em que não esteja fechada. Portanto nada de armários, de forma a haver uma secagem correta.
Eu sei que tudo isto parece um 6º emprego, mas não é. De uma obrigação transforma-se rapidamente num hábito e dos mais saudáveis. Boas escovadelas!
Ana Krausz é uma apaixonada por pessoas eprojectos, pelo novo. Às experiências em Turismo, aviação e assessoria de Imprensa, une compromisso com a forma física, o bem-estar, o desporto e a beleza. O universo orgânico, holístico, a sustentabilidade e o slow living conquistaram a sua atenção, fazendo nascer uma nova forma de ver e desfrutar a vida. Para seguir aqui, e no blogue que assina, Krausz.pt
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